Bancos centrais aceleram cortes em juros em 2025, impulsionando flexibilização global. Fed, BCE e Banco da Inglaterra lideram afrouxamento.
Em 2025, os bancos centrais implementaram cortes nas taxas de juros em um ritmo acelerado e em uma escala significativa, um movimento notável em comparação com a crise financeira anterior. Nove dos bancos centrais que supervisionam as 10 moedas mais negociadas – incluindo o Federal Reserve, Banco Central Europeu, Banco da Inglaterra, bancos centrais da Austrália, Nova Zelândia, Canadá, Suécia, Noruega e Suíça – reduziram suas taxas de empréstimo de referência em 32 ocasiões, totalizando 850 pontos-base de afrouxamento.
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Essa ação representa o maior número de cortes desde 2008 e a maior escala desde 2009.
Essa mudança de política monetária representa uma forte reversão em relação aos anos de 2022 e 2023, quando as autoridades monetárias optaram por aumentar as taxas de juros para combater a inflação, impulsionada pelos altos preços da energia decorrentes da invasão da Ucrânia pela Rússia.
O Japão se diferenciou neste período, elevando sua taxa de referência em duas ocasiões. Alguns analistas preveem que 2026 pode trazer uma mudança radical, apontando para uma nítida mudança de tom por parte de diversos bancos centrais do G10, especialmente do Canadá e da Austrália, que têm aumentado o espectro dos próximos ajustes nas taxas de juros.
Em contraste, as economias emergentes demonstraram um ritmo de afrouxamento diferente. Dos nove bancos centrais que se reuniram em dezembro, apenas o Fed e o Banco da Inglaterra reduziram as taxas de juros, enquanto o Japão aumentou. Oito bancos centrais de uma amostra da Reuters de 18 economias em desenvolvimento, das quais 14 se reuniram neste mês, realizaram cortes de 350 pontos – Turquia, Rússia, Índia, México, Tailândia, Filipinas, Polônia e Chile.
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Esses cortes elevaram a contagem anual de cortes em 2025 nas economias emergentes para 3.085 pontos de afrouxamento em 51 movimentos, superando os 2.160 pontos entregues em 2024 e o maior esforço de flexibilização desde pelo menos 2021.
A inflação foi mantida sob controle, superando até mesmo os mercados desenvolvidos, com uma abordagem proativa das autoridades monetárias. Em contrapartida, os mercados emergentes registraram 625 pontos-base de aumentos desde o início do ano, representando menos da metade dos 1.450 pontos entregues no aperto em 2024.
Analistas preveem mais afrouxamento por parte das economias em desenvolvimento, com alguns países, como o Brasil e a Hungria, podendo iniciar seu ciclo de cortes.
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