Banco Master é liquidado extrajudicialmente; acionista Daniel Vorcaro é preso

Banco Master é liquidado judicialmente após tentativas de venda frustradas. BC e polícia prendem acionista Daniel Vorcaro em operação contra títulos falsos.

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(Imagem de reprodução da internet).

O Banco Central (BC) decretou nesta terça-feira (18) a liquidação extrajudicial do Banco Master. A decisão interrompeu as possibilidades de venda da instituição ao Grupo Fictor, que havia demonstrado interesse na aquisição apenas um dia antes.

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Informações indicam que a liquidação impede o avanço do acordo de compra.

O termo de liquidação, assinado pelo presidente do BC, Gabriel Galípolo, também estabelece a intervenção da corretora de câmbio do banco. A notícia ocorreu no mesmo dia em que o diretor do Banco Master, Daniel Vorcaro, estava a caminho de Dubai e foi detido em Guarulhos pela CNN NOVO DIA.

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Negociações Frustradas

A Fictor Holding Financeira, em conjunto com um consórcio de investidores dos Emirados Árabes Unidos, planejava um aporte de R$ 3 bilhões para fortalecer o capital do Master. O acordo previa a aquisição das ações da Vorcaro e a mudança do nome da instituição para Banco Fictor.

No entanto, a operação dependia da aprovação do BC e do Cade, o que se tornou inviável com a liquidação.

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Tentativas Anteriores de Venda

Esta foi a segunda tentativa malsucedida de venda do Banco Master em meses. Em setembro, uma negociação com o Banco de Brasília (BRB) foi rejeitada pelo BC. A compra estava aprovada pelo conselho do BRB em março de 2025, mas o BC temia que ativos problemáticos e dívidas não formalmente incluídas pudessem comprometer a saúde financeira do banco.

Investigações e Prisão

Daniel Vorcaro, acionista controlador do Banco Master, foi preso em São Paulo como parte da Operação Compliance Zero, que investiga a emissão de títulos de crédito falsos por instituições que fazem parte da operação. As investigações, iniciadas em 2024, foram motivadas por uma requisição do Banco Central para apurar a fabricação de carteiras de crédito insustentáveis, vendidas a outro banco e, posteriormente, substituídas sem avaliação técnica adequada.

A Operação Compliance Zero está cumprindo mandados de prisão preventiva, buscas e apreensões em diversos estados.

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