Banco do Brasil Lança Fundo para Investir em Minerais Críticos

O Banco do Brasil inaugurou um fundo com o objetivo de arrecadar R$ 400 milhões, destinado a financiar empresas e projetos relacionados a minerais críticos no Brasil. O “BB Ore Régia Minerais Críticos” é um Fundo de Investimento em Participações (FIP) que utiliza uma estratégia de private equity, buscando participações minoritárias em mineradoras com potencial de valorização.

O período de coleta de intenções de investimento foi aberto na última segunda-feira (1º). A oferta é restrita a investidores qualificados, conforme definição da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que possuem experiência e capacidade financeira robustas, incluindo instituições financeiras, gestores profissionais e pessoas físicas com investimentos superiores a R$ 1 milhão.

A lógica do fundo segue o modelo tradicional de private equity, onde a gestora atua como sócia das empresas, trabalhando para impulsionar projetos que enfrentam dificuldades de capitalização, estrutura ou expertise técnica. O investimento será realizado em fases iniciais e intermediárias, abordando desafios comuns no setor mineral, como estudos geológicos, licenciamento ambiental, projetos de engenharia, aquisição de equipamentos e preparação para a produção.

O objetivo do fundo é entregar uma rentabilidade de IPCA + 25% ao ano. A estratégia de alocação de recursos visa uma distribuição equilibrada entre diferentes tipos de minerais. A maior parte do capital, estimada entre 25% e 50%, será direcionada a minerais críticos, como nióbio, terras raras, cobalto e lítio, utilizados em tecnologias avançadas e energias renováveis.

Projetos relacionados à produção de fertilizantes, incluindo potássio e fosfato, receberão entre 10% e 25% do capital.

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Outra faixa, entre 10% e 25%, será destinada a metais básicos como cobre e níquel, essenciais para a infraestrutura elétrica, a indústria e a eletrificação. A gestão do fundo é compartilhada entre a Régia Capital, formada pela BB Asset e JGP, focada em investimentos sustentáveis, e a Ore Investments, a primeira gestora independente do Brasil dedicada exclusivamente ao setor de mineração.