Banco Central e cenário fiscal: especialistas preveem redução da Selic em 2026

Banco Central pode reduzir Selic em 2026 com cenário fiscal persistente. Especialistas alertam para incertezas eleitorais e impacto da Selic em 2026.

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(Imagem de reprodução da internet).

Cenário Econômico Brasileiro e Perspectivas para 2026

Após a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, que apresentou desaceleração, especialistas preveem possíveis reduções na taxa de juros definida pelo Banco Central no início do próximo ano. A análise do cenário fiscal do Brasil, considerado persistente até 2026, com projeção de aumento nos gastos públicos, também é um fator relevante.

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A professora de economia do Insper, Juliana Inhasz, destacou que o resultado do PIB deve influenciar o Banco Central a adotar uma postura mais branda.

Análise da Selic e Impacto do Cenário Fiscal

Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, acredita que o Banco Central tem espaço para reduzir a taxa de juros no primeiro trimestre de 2026. Vale ressalta que o elevado patamar da Selic, atualmente em 15% ao ano, está relacionado ao cenário fiscal e à dívida brasileira.

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A expectativa é que a economia brasileira desacelere com esse patamar elevado de juros.

Inhasz enfatiza a necessidade de intervenção do Banco Central para modificar o cenário econômico, que enfrenta desaceleração e inflação residual. A projeção de gastos públicos em crescimento até 2026 também contribui para a incerteza.

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Projeções para 2026 e Impacto das Eleições

Ambos os especialistas alertam que os gastos públicos devem aumentar em 2026, um ano marcado pelo período eleitoral, o que gera incertezas adicionais. A eleição e possíveis reformas ou mudanças significativas podem impactar a economia nos primeiros seis meses do ano.

Inhasz aponta que a taxa de juros pode permanecer elevada até o início de 2026, e a queda ainda não ocorrerá nas primeiras reuniões do Banco Central, aguardando que a economia se consolide.

Comentários de Outros Economistas

Leonardo Costa, economista do ASA, confirma a desaceleração gradual da atividade econômica, com um crescimento praticamente estável, apesar da “forte injeção de renda via pagamento de precatórios”. Costa destaca que o efeito defasado de uma política monetária mais apertada se manifesta com clareza no consumo das famílias.

A revisão das séries indica que o início de 2025 foi mais forte do que inicialmente divulgado, mas o ano segue marcado por arrefecimento ao longo dos trimestres. O Banco Central projetava uma inflação de 2,1% para o período.

Indicadores antecedentes sugerem que outubro foi um mês de atividade mais fraca, coerente com o padrão observado no terceiro trimestre. No entanto, novembro apresenta sinais incipientes de uma retomada parcial, favorecida pela Black Friday. Essa retomada é pontual e não altera a tendência predominante de moderação da atividade.

A projeção do PIB, após as revisões do IBGE, é de um crescimento anual da economia brasileira em torno de 2,2% neste ano.

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