Banco Central avalia que liquidação do Banco Master não gera risco sistêmico. Polícia Federal investiga emissão de títulos falsos, liderada por Daniel Vorcaro.
O Banco Central divulgou, na quarta-feira (26.nov.2025), que a liquidação extrajudicial do Banco Master não representa risco sistêmico para o setor financeiro brasileiro. O relatório detalhado, disponível em formato PDF (384 kB), apresenta a análise da autoridade monetária.
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A Polícia Federal, liderada pelo delegado Daniel Vorcaro, fundador do Master, investigou a situação desde 18 de novembro.
A investigação da Polícia Federal visa combater a emissão de títulos de crédito falsos por instituições financeiras que compõem o Sistema Financeiro Nacional. O Banco Central, por sua vez, avaliou a situação, considerando a complexidade do cenário financeiro nacional.
Impacto e Dados do Conglomerado Master
A liquidação extrajudicial impacta instituições como a Banco Real, Banco Nacional e Banco Popular. O conglomerado Master representa 0,57% do ativo total e 0,55% das captações totais do sistema financeiro nacional.
O Banco Central classificou o grupo como de crédito diversificado, porte pequeno e enquadrado no segmento S3 da regulação prudencial. O segmento S3 abrange instituições com tamanho entre 0,1% e 1% do Produto Interno Bruto (PIB).
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Daniel Vorcaro, através de comunicado divulgado no sábado (22.nov), contestou as acusações. O documento, acompanhado de outros materiais em formato PDF (423 kB e 5 MB), nega fraudes com consignados e outras irregularidades. O contrato firmado entre Banco Master S.A. e Tirreno Consultoria Promotoria de Crédito e Participações S.A., de 5 de dezembro de 2024, regulamenta uma parceria estratégica para a aquisição de operações de crédito consignado.
O Banco Master, em sua defesa, detalha que as carteiras foram adquiridas junto a terceiros, prática comum de mercado. O banco realizou a substituição das carteiras e iniciou o processo de recompra do saldo remanescente, conforme documentado. A B3 (Bolsa de Valores) registrou as carteiras, e o BRB liquidou ou substituiu mais de R$ 10 bilhões dos créditos questionados, reduzindo a exposição direta ao Banco Master.
O Banco Central reconheceu a ausência de irregularidades nas operações originadas internamente ao Banco Master e não abriu processo punitivo contra Daniel Vorcaro. A autoridade monetária divulgou também uma certidão negativa de processos administrativos do banqueiro.
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