Bahia Denuncia Ação do Flamengo Contra a Libra
O Esporte Clube Bahia SAF se manifestou contrária à decisão do Clube de Regatas do Flamengo de acionar a Justiça para bloquear os repasses de direitos de TV da Libra. O clube ressaltou que a ação individualizada pode prejudicar o desenvolvimento coletivo do futebol brasileiro, enfatizando a importância da cooperação e do respeito mútuo entre os clubes.
Em nota oficial, o Bahia enfatizou que todos os clubes assinaram os contratos voluntariamente e, portanto, devem cumpri-los. O clube reforçou que a cooperação, o respeito mútuo e a responsabilidade compartilhada são pilares essenciais para o fortalecimento do futebol nacional, defendendo que atitudes focadas no interesse individual comprometem o desenvolvimento do esporte.
O Bahia reafirma seu compromisso com um modelo de gestão que prioriza o diálogo, a transparência e o desenvolvimento coletivo, demonstrando confiança na Justiça e na defesa de um futebol mais justo, democrático e plural. O clube acredita que nenhum clube pode operar isoladamente no cenário esportivo.
Conflito na Libra: Flamengo, Justiça e Reações
A disputa se intensificou com o Flamengo buscando garantir o repasse de R$ 77,1 milhões da Globo, referente à segunda parcela dos direitos de transmissão do Brasileirão 2024. Essa ação gerou forte reação dos demais clubes da Libra, ligada à proposta de modernização do futebol nacional.
O principal ponto de discordância reside na distribuição dos valores, baseada na audiência das partidas. O contrato atual estabelece uma divisão de 40% igualmente distribuídos, 30% variando conforme a posição no campeonato e os 30% restantes determinados pela audiência.
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O Flamengo argumenta que o contrato não especifica o valor correspondente a cada plataforma de transmissão, dificultando a determinação precisa dos 30% relativos à audiência. Em contrapartida, a Libra repudiou a ação judicial, acusando o Flamengo de priorizar interesses de curto prazo em detrimento do coletivo.
Reações de outros clubes, como Atlético Mineiro e Grêmio, evidenciam a preocupação com o impacto da disputa na negociação de uma liga nacional. Bruno Muzzi, CEO do Atlético-MG, expressou tristeza com a atitude do Flamengo, questionando o próprio grupo, enquanto Alberto Guerra, presidente do Grêmio, alertou que a atitude carioca passa uma mensagem contra a criação de uma liga nacional, atrasando ainda mais o desenvolvimento do futebol brasileiro.