Os papéis da Azul enfrentaram forte turbulência nesta sexta-feira (26). Por volta das 16h, as novas ações preferenciais da companhia aérea (AZUL54) apresentaram uma queda de 25%. Em momentos críticos, a desvalorização chegou a atingir quase 50%.
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Impacto da Emissão de Ações
A recente emissão de ações, anunciada na segunda-feira (22), com a introdução dos tickers AZUL53 e AZUL54, gerou reações no mercado. A operação envolveu a distribuição de 723.861.340.715 novas ações ordinárias e preferenciais, com um valor estimado em R$ 7,44 bilhões.
Análise do Mercado
Ian Lopes, economista e assessor da Valor Investimentos, destaca que essa operação reflete a fragilidade da empresa e dificuldades em renegociar dívidas. Gabriel Mollo, analista de investimentos da Daycoval Corretora, aponta que a mudança nos lotes de negociação pode causar confusão inicial entre os investidores e exige um ajuste técnico devido à magnitude da alteração.
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Reação do Mercado à Capitalização
O mercado está reagindo ao plano de capitalização da Azul, que inclui a emissão de novas ações e a conversão de dívida em capital, o que dilui a participação dos acionistas. A expectativa é que o mercado se ajuste a esse novo cenário.
Processo de Recuperação Judicial nos EUA
A Azul também está passando por um processo de recuperação judicial nos Estados Unidos, semelhante à recuperação judicial brasileira. Esse trâmite permite à empresa reduzir dívidas e buscar financiamento por meio de ofertas de ações e investimentos.
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Impacto da Recuperação e Perspectivas
Apesar da turbulência, a Azul busca elevar o capital da empresa. No entanto, o mercado demonstra desconfiança, considerando a diluição da participação dos acionistas minoritários e a incerteza sobre a geração de caixa futura da empresa.
Recompactação com Embraer e Perspectivas Futuras
A Azul também renegociou um acordo com a Embraer, refletindo a complexidade da reestruturação da empresa. O mercado está precificando a participação acionária residual em uma empresa em transformação, com incertezas sobre a geração de caixa e a participação acionária final após a reestruturação.
