Autoridades americanas apreenderam o petroleiro Skipper, com 1,1 milhão de barris de petróleo venezuelano, no Caribe. A ação é inédita e visa o “shadow fleet”
Em um movimento sem precedentes, autoridades americanas apreenderam o petroleiro Skipper, carregado com cerca de 1,1 milhão de barris de petróleo venezuelano, no Caribe. A ação, realizada por forças combinadas da Guarda Costeira, FBI e Departamento de Segurança Interna dos EUA, foi autorizada por mandado judicial.
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Essa foi a primeira apreensão de um navio sancionado venezuelano desde a imposição de sanções em 2019, conforme reportado pela Reuters.
O petroleiro Skipper fazia parte de uma rede de embarcações que transportava petróleo venezuelano, frequentemente em conjunto com cargas de outros países sob sanção, como Irã e Rússia. As autoridades americanas revelaram que o navio transmitia informações de localização falsas e operava sob bandeiras de países com registros obscuros, características comuns do chamado “shadow fleet”.
A apreensão do Skipper marca o início de uma estratégia mais ampla dos EUA para interceptar e possivelmente apreender outros navios-tanque que compõem essa rede.
O governo venezuelano classificou a ação como “ato de pirataria internacional” e uma violação da soberania marítima de sua nação. Caracas prometeu defender seus recursos “a qualquer custo” e buscou apoio diplomático e militar de aliados.
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Países como Cuba e Irã também condenaram a apreensão, enquanto Moscou fortaleceu os laços diplomáticos com Caracas.
A apreensão do Skipper gerou volatilidade nos mercados de petróleo, com os preços subindo devido ao temor de restrições adicionais no fornecimento venezuelano. Para a Venezuela, onde o petróleo é a principal fonte de receita, qualquer interrupção prolongada representa um risco significativo para a economia.
A ação também pode levar armadores e seguradoras a evitar rotas na região, intensificando a pressão sobre o país.
O episódio destaca o papel dos Estados Unidos como potência hegemônica no Caribe e na América Latina, além de testar os limites do direito internacional no uso da força em alto mar. A intensificação da pressão americana pode ter implicações significativas para o equilíbrio de poder na região.
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