Preocupações com Atraso na Semeadura do Milho no Brasil
A demora na colheita da soja no Brasil tem gerado preocupação entre os produtores, especialmente em relação ao impacto na semeadura do milho de segunda safra em estados como Rio Grande do Sul e os do Matopiba. Dados da consultoria AgRural indicam que até a última quinta-feira, 20, a colheita da soja atingiu 81% da área estimada para o país, em comparação com 86% no mesmo período do ano anterior.
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Essa desaceleração é mais evidente nas regiões mais tardias, como o Rio Grande do Sul e os estados que compõem o Matopiba – Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
Adriano Gomes, analista da AgRural, destaca que Goiás é a região que apresenta o maior atraso na colheita da soja. A janela de plantio ideal para o milho de segunda safra em Goiás, especialmente no Sudoeste, se estende até 28 de fevereiro. Para garantir que a soja seja colhida até 10 de novembro, os produtores liberam a área para o plantio do milho, dentro do período considerado seguro para a colheita da oleaginosa em fevereiro.
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Gomes explica que o atraso na colheita da soja em Goiás, particularmente na primeira quinzena de novembro, reduz a margem de erro para o plantio do milho de segunda safra. A ocorrência de chuvas durante a colheita da soja pode aumentar o risco para o milho, devido ao curto espaço de tempo disponível para o plantio.
Goiás é um dos principais estados produtores de milho no Brasil. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta uma produção de milho para a safra 2025/26 que ultrapasse 14 milhões de toneladas. A Conab estima que a produção brasileira total atingirá 139 milhões de toneladas, com a produção de soja superando os 355 milhões de toneladas.
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