Ataque em Bondi Beach: Investigação aponta para extremistas e possível envolvimento de pai e filho. Autoridades investigam ligações ao Estado Islâmico
Um ataque a tiros ocorrido na praia de Bondi, em Sydney, na última semana, continua gerando intensos desdobramentos políticos, policiais e diplomáticos na Austrália. O incidente, que resultou em 15 mortos e mais de 40 feridos, foi classificado pelas autoridades como um ato terrorista motivado por ideologias antissemitas.
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A investigação aponta para a influência de extremistas, com ligações a grupos como o Estado Islâmico (EI).
O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, destacou a suspeita de envolvimento de pai e filho, influenciados pela ideologia do EI. Sajid Akram, nascido em Hyderabad, Índia, e imigrado para a Austrália em 1998, e Naveed Akram, cidadão australiano, foram os principais responsáveis pelo ataque.
Naveed foi morto durante a ação policial, enquanto o filho permanece em coma sob custódia.
A investigação revela que o ataque “parece ter sido motivado pela ideologia do Estado Islâmico”, um desafio global desde sua ascensão há mais de uma década. A polícia de Nova Gales do Sul encontrou evidências de planejamento do ataque, incluindo um carro com explosivos improvisados e bandeiras associadas ao EI.
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Uma das linhas de investigação se concentra em uma viagem feita pelos atiradores às Filipinas em novembro. O Departamento de Imigração filipino confirmou a chegada de Sajid e Naveed a Davao, onde grupos ligados ao EI atuam. As autoridades buscam determinar o propósito da viagem e possíveis contatos com extremistas.
O ataque reacendeu o debate sobre o controle de armas na Austrália. Sajid Akram possuía licenças há cerca de dez anos e tinha seis armas registradas. Diante disso, o governo federal planeja endurecer a legislação, acelerando o Registro Nacional de Armas, ampliando o uso de inteligência criminal na concessão de licenças e revisando os tipos de armas permitidas.
O ataque causou grande comoção na comunidade judaica australiana, com vítimas incluindo uma menina de 10 anos, sobrevivente do Holocausto e um rabino. A situação reacendeu críticas sobre a necessidade de combater o antissemitismo. O presidente da Associação Judaica Australiana, Robert Gregory, afirmou que o governo não havia adotado medidas adequadas para proteger a comunidade.
Mais de 7.000 pessoas doaram sangue para ajudar os feridos. Um memorial improvisado com flores foi montado próximo à praia de Bondi.
O ataque em Bondi Beach representa um momento crítico na Austrália, com implicações políticas, de segurança e sociais. A investigação e as medidas tomadas visam fortalecer a segurança nacional e combater o extremismo, além de abordar questões relacionadas ao controle de armas e à proteção de minorias.
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