O assessor especial da Presidência da República, principal conselheiro de política externa do presidente, expressou sérias preocupações sobre uma possível ação militar dos Estados Unidos em território venezuelano. Em entrevista ao jornal britânico, publicada na segunda-feira (8 de dezembro de 2025), o diplomata classificou o fechamento do espaço aéreo venezuelano, determinado por Donald Trump, como um “ato de guerra”.
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A situação levanta temores de um conflito de proporções regionais.
Ressalvas sobre Escala de um Conflito
Amorim afirmou que, em caso de invasão, “sem dúvida, veríamos algo semelhante ao Vietnã – em que escala é impossível dizer”. O diplomata enfatizou a complexidade da situação, alertando para o potencial de um conflito global, envolvendo diversos países.
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União Contra Intervenção Estrangeira
O assessor acredita que mesmo opositores do governo Maduro poderiam se unir contra uma intervenção estrangeira. “Conheço a América do Sul… nosso continente inteiro existe por causa da resistência contra invasores estrangeiros”, declarou. A perspectiva de uma zona de guerra na região é vista como um cenário lamentável.
Referência ao Conflito no Vietnã
O diplomata mencionou o conflito entre o Vietnã do Sul, apoiado pelos Estados Unidos, e o Vietnã do Norte, apoiado pela União Soviética, travado de 1959 a 1975, que resultou em mais de um milhão de vietnamitas e cerca de 58 mil norte-americanos mortos.
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O uso de armas químicas, como o agente laranja, causou danos ambientais significativos e deslocamento forçado de milhões de pessoas.
Propostas de Solução
Amorim propôs um referendo revogatório, semelhante ao realizado na Venezuela em 2004, como possível solução para a crise. O diplomata mencionou que o então presidente Hugo Chávez aceitou a ideia, com certa relutância, e que houve um referendo com resultado incerto.
