Assembleia da França rejeita acordo Mercosul-UE em votação apertada. Presidente Macron ressalta preocupações e busca bloqueio na UE.
A Assembleia Nacional da França votou em 27 de novembro de 2025, com 244 votos a favor, rejeitando uma resolução que orienta o governo a não aprovar o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, conforme reportado pela TV BFM. A votação ocorreu em Paris, no mesmo dia em que o presidente (Renascimento) declarou que o pacto “não é satisfatório e precisa ser melhorado”, em contraposição à expectativa do presidente (PT) de sua assinatura em 20 de dezembro.
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O acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia enfrenta forte oposição, principalmente devido a preocupações ambientais e agrícolas. O partido França Rebelde classificou o acordo como um “ponto de virada” em temas ambientais, agrícolas e democráticos, enfatizando a necessidade de proteger o setor agrícola e garantir que pesticidas proibidos na UE não sejam introduzidos no bloco via produtos do Mercosul.
O governo francês busca formar uma minoria de bloqueio no Conselho da UE, mas enfrenta resistência de países como Alemanha e Espanha, que defendem o acordo. Agricultores europeus mantêm uma postura firme, alegando que o pacto ameaça setores como carne e açúcar.
Paralelamente, cerca de 150 deputados europeus solicitaram que o Parlamento Europeu envie o texto para análise do Tribunal de Justiça da UE.
O presidente Macron detalhou suas ressalvas durante um encontro com empresários brasileiros no Palácio do Eliseu. Ele destacou a necessidade de aprimoramentos em salvaguardas para setores vulneráveis, regras convergentes entre os blocos e mecanismos de garantia de cumprimento.
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A incerteza permanece sobre a assinatura do acordo em 20 de dezembro. O Brasil mantém uma perspectiva positiva, expressa pelo embaixador Ricardo Neiva Tavares, que ressaltou o interesse brasileiro em diversificar as exportações para a França. Caso o acordo seja aprovado pelos Estados-membros, o texto seguirá para votação no Parlamento Europeu, enquanto a França buscará levar o tema ao Tribunal de Justiça do bloco.
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