As próximas gerações terão uma leitura distinta sobre o Brasil, afirma Sâmia Bomfim em relação à condenação de Bolsonaro

Deputada afirma que decisão do STF marca um novo momento no Brasil, alertando para a atuação da direita no Congresso.

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(Imagem de reprodução da internet).

A deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-SP) considera que o Dia Internacional da Democracia, comemorado nesta segunda-feira (15), assume relevância, considerando o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que resultou na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e militares de alto escalão por tentativa de golpe e demais crimes.

A parlamentar avalia que “é uma data tão importante para todos nós, diante dos últimos acontecimentos históricos e também da conjuntura brasileira”.

Segundo Bomfim, a decisão do STF representa um novo período na trajetória política do Brasil. É uma alteração de rumo no nosso país. Ter essa mudança de perspectiva é algo notável, considerando que as gerações futuras terão uma interpretação distinta sobre o Brasil.

A parlamentar ressalta que o processo não se tornou uma ruptura, porém foi uma tentativa de reproduzir os procedimentos da ditadura militar, caracterizados por tortura, perseguição e sumiços. “Bolsonaro nunca admitiu isso. E é imprescindível que haja compensação, punição”, defende.

A população se mobiliza em oposição à anistia.

Sâmia Bomfim critica a atuação de parlamentares ligados ao ex-presidente Bolsonaro que buscam aprovar uma anistia aos condenados. Considera “um grande absurdo”. O que mais revolta é quando os bolsonaristas utilizam como exemplo a anistia obtida por aqueles que resistiram e lutaram contra a ditadura, sem haver qualquer paralelo entre aqueles que se opuseram e os golpistas atuais, citando a Lei da Anistia de 1979, que possibilitou o retorno de exilados políticos e a libertação de presos perseguidos durante o regime militar.

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Ela enfatiza que a mobilização popular será essencial para impedir a aprovação da proposta no Congresso. “A grande parte da população brasileira se opõe à anistia, ou seja, não se trata de uma agenda do povo brasileiro, ela se refere a uma família, ao interesse de um grupo político”, destaca. De acordo com a última pesquisa Datafolha, divulgada neste domingo (14), 54% dos brasileiros são contra a aprovação de uma anistia para Bolsonaro.

Democracia com conteúdo social

A parlamentar argumenta que o fortalecimento da democracia deve estar associado a questões sociais e econômicas, incluindo a isenção do Imposto de Renda para pessoas com renda mensal limitada a R$ 5 mil, o encerramento da escala 6×1 (trabalhar seis dias com apenas um dia de folga) e a tributação de grandes fortunas.

Para Bomfim, o cenário político nos próximos meses mostrará o choque entre os interesses do setor progressista e da extrema direita. “Enquanto um grupo busca avançar com a anistia, há outro que almeja benefícios para a população”, afirma. “Eles defendem a anistia e nós defendemos os direitos do povo”, conclui.

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Fonte por: Brasil de Fato

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