O presidente da Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial (CDHMIR) da Câmara dos Deputados, deputado federal Reimont (PT-RJ), solicitou formalmente na última segunda-feira (11) que a Procuradoria Geral da República (PGR) investigue o influenciador digital Hytalo Santos e apure o envolvimento de outros influenciadores que possam estar envolvidos na exploração sexual de crianças e adolescentes em ambientes digitais.
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O pedido se baseia em denúncias apresentadas no vídeo “Adultização”, publicado em 6 de agosto pelo influenciador Felipe Bressanim Pereira (Felca), que evidenciam que Hytalo expôs menores de idade em contextos sexualizados, obtendo lucro com conteúdos direcionados inclusive a circuitos pedófilos. Um dos casos citados envolve uma adolescente que passou a aparecer nos vídeos do influenciador aos 12 anos, e atualmente está com 17. Após a publicação do vídeo de Felca, que conta com mais de 170 milhões de visualizações no Instagram e 30 milhões no YouTube, o perfil de Hytalo Santos, com 17 milhões de seguidores, foi desativado, uma tentativa que o Ministério Público da Paraíba buscava ao longo de um ano de investigações sobre o caso.
Felca é humorista e, em suas contas nas redes sociais, publicava comentários engraçados sobre diversos assuntos, incluindo produtos de beleza e personagens incomuns da internet. Recentemente, ela divulgou conteúdo sobre temas delicados, como apostas e a exploração sexual. Em entrevista ao podcast PodDelas, declarou ter começado a frequentar a companhia de seguranças e um carro blindado após as denúncias feitas na última quarta-feira.
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No ateliê, Reimont também solicita que, em caso de risco contínuo à integridade de menores, seja avaliada a possibilidade de pedido de prisão preventiva. Ao Brasil de Fato, o deputado disse esperar máxima urgência no trabalho do Ministério Público. “Casos como este, que envolvem a possível exploração sexual de crianças, exigem resposta imediata do Estado. Nossa expectativa é que, já nos próximos dias, o processo tenha início, para que a sociedade tenha respostas rápidas e para que a Justiça proteja as vítimas e responsabilize os culpados”.
A deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ) apresentou na internet, na mesma medida, o projeto de lei 3867/2025, que considera trabalho infantil artístico digital os conteúdos com participação de crianças nas redes sociais, sujeitos às exigências do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A proposta também modifica o ECA, proibindo a exposição do corpo das crianças à sexualização e impondo às plataformas digitais, como Instagram, Facebook e TikTok, o dever de identificar e suspender preventivamente esses conteúdos, além de bloquear sua monetização e manter comunicação direta com Conselhos Tutelares. Na segunda-feira (11), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos – PB), declarou que irá encaminhar para votação projetos de proteção a crianças e adolescentes no ambiente digital.
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Fonte por: Brasil de Fato
