Após a condenação de Bolsonaro, aliados buscam a aprovação do projeto de lei de anistia

Tarcísio de Freitas, Ronaldo Caiado e Sóstenes Cavalcante avaliaram a decisão judicial como injusta e com sanções desproporcionais.

11/09/2025 22:12

3 min de leitura

DF - BRASÍLIA, JAIR BOLSONARO - GERAL - DF - BRASÍLIA - 03/09/2025 - BRASÍLIA, JAIR BOLSONARO - O ex-presidente Jair Bolsonaro é visto na garagem de sua residência em Brasília (DF), nesta quarta-feira (3). Bolsonaro responde a processos criminais no Supremo Tribunal Federal, incluindo investigações sobre a suposta tentativa de golpe de Estado ligada aos atos de 8 de janeiro quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas. 03/09/2025 - Foto: SCARLETT ROCHA/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO
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A condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão, proferida pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), gerou uma onda de críticas e manifestações entre os apoiadores do ex-mandatário. O principal líder da oposição e do Partido Liberal (PL) na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante, declarou que a prioridade da bancada é a aprovação de uma anistia que abranja tanto os indivíduos julgados pelos atos de 8 de janeiro quanto o próprio ex-presidente. “Após a condenação de Bolsonaro, só existe uma alternativa: a anistia plena. Não temos interesse em paliativos”, afirmou. “Nosso foco agora é a anistia, que antes era apenas para os manifestantes do 8 de janeiro. Agora, será para todos, inclusive para o presidente Bolsonaro. Não aceitaremos uma anistia parcial ou ‘anistia light’”, complementou.

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Sóstenes Cavalcante espera que a proposta seja apresentada na próxima semana no colegiado de líderes da Câmara. Caso contrário, ele não descarta ações de obstrução, mas enfatiza acreditar no diálogo político. O líder da oposição ressaltou que o resultado no STF já era previsível, com exceção do voto do ministro Luiz Fux, que ele considerou “extenso, contundente e convincente”. Para o deputado, a decisão representa uma “perseguição política” contra Bolsonaro.

O líder da oposição reiterou que a condenação fortaleceu o PL, que, segundo ele, conquista apoio popular ao denunciar o que chama de perseguição política contra Bolsonaro. Sóstenes ainda afirmou confiar na reversão da inelegibilidade do ex-presidente e assegurou que, caso Bolsonaro decida não disputar as eleições de 2026, caberá apenas a ele indicar um sucessor. “Bolsonaro é nosso líder maior. Se um dia decidir não ser candidato, o nome que ele apontar terá o apoio de todo o PL”.

Tarcísio de Freitas declarou: “Sentença injusta”.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, também se manifestou e declarou que Bolsonaro e os demais condenados na trama de golpe de Estado estão sendo vítimas de uma “sentença injusta” com “penas desproporcionais”. “Se não se pode transigir com a impunidade, também não se pode desprezar o princípio da presunção da inocência, condenando sem provas”, escreveu Tarcísio. “O resultado do julgamento, infelizmente, já era conhecido. Bolsonaro e os demais estão sendo vítimas de uma sentença injusta e com penas desproporcionais”, completou o governador em publicação nas redes sociais.

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Ronaldo Caiado afirmou: “Se chegar à Presidência, assinarei a anistia”.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), também abordou o caso, assegurando a concessão de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro caso vença a eleição presidencial de 2026. “Fui o primeiro a me posicionar e reitero: se tiver a oportunidade de chegar à Presidência da República, assinarei a anistia assim que tomar posse”. Caiado também defendeu a anulação de todos os condenados em decorrência dos eventos de 8 de janeiro e utilizou como argumento a “pacificação nacional”. O governador ainda alega que o processo judicial deveria ter envolvido todos os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal, em vez de ter sido restrito à Primeira Turma do Tribunal.

Ronaldo Caiado reiterou seu pesar pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Afirmou “mais uma vez” porque essa decisão já era previsível: inicialmente, com a proibição de se manifestar publicamente; posteriormente, com a restrição de seus movimentos.

Com informações do Estadão Conteúdo.

Fonte por: Jovem Pan

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