Aplicativos de relacionamento registram pico em novembro devido ao clima de fim de ano e busca por companhia. Inner Circle e outros apps impulsionam conexões.
Os aplicativos de relacionamento têm demonstrado um padrão intrigante: novembro se destaca como o mês com maior atividade, superando qualquer outro período do ano. Tradicionalmente, o aumento na busca por parceiros se intensificava com a aproximação do verão, mas essa tendência mudou.
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O clima de fim de ano parece ser o principal catalisador, impulsionando os solteiros a buscarem companhia.
Dados recentes da Inner Circle revelam que novembro é o mês com o maior número de encontros marcados, um fenômeno que, segundo Ramone Gigliotti, gerente sênior de marketing da plataforma no Brasil, pode ser atribuído a “um padrão comportamental dos nossos usuários que vemos se repetir ano após ano e julgamos que possa ser o medo de enfrentar a famigerada pergunta das tias no Natal: ‘você continua solteiro ou solteira?’”.
O terapeuta João Borzino explica que o fim do ano desperta um impulso emocional coletivo. À medida que o ano se aproxima do fim, as pessoas se tornam mais conscientes do tempo e da solidão. As festas de fim de ano carregam simbolismos de união, pertencimento e continuidade familiar, o que gera um apelo.
Borzino também aponta que esse período funciona como um marco íntimo de revisão. “Quando percebem que metas afetivas ficaram pendentes, muitas pessoas sentem urgência em se conectar. O final do ciclo funciona como um marcador psicológico e quando as pessoas percebem lacunas emocionais, afetivas e sociais, surge um impulso natural de corrigir isso”.
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A crescente demanda por conexões significativas tem impulsionado a evolução das plataformas de relacionamento. O aplicativo Happn, com 170 milhões de usuários globalmente (31 milhões no Brasil), introduziu o recurso Perfect Date, que utiliza inteligência artificial para sugerir lugares para o primeiro encontro, considerando interesses compartilhados e localização.
Karima Ben Abdelmalek, CEO e presidente global do aplicativo, ressalta que “O Perfect Date não foi feito para tomar as decisões pelo usuário, mas para inspirá-los com ideias que refletem o que ele e o Crush têm em comum”.
Essa funcionalidade surgiu após um estudo que revelou que 4 em cada 10 solteiros sentem ansiedade ao decidir onde marcar o primeiro encontro, seja por falta de ideias ou medo de que a proposta não agrade ao outro.
Apesar da tecnologia, a busca humana por conexão permanece inalterada. Luana Zucoloto, criadora de conteúdo, conheceu o noivo no Inner. “Quando eu abri pela primeira vez o app, vi a foto dele e pensei ‘nossa, esse menino não existe’ e logo mandei uma piada.
Deu certo! Era pra gente só ter ficado, mas, do nada, vamos nos casar! No final das contas, o importante não é o ‘felizes para sempre’. Pra gente o que importa é essa conexão real que temos”, fala emocionada.
Com algoritmos, IA e mapas afetivos, a busca por conexão continua, e dezembro se aproxima, indicando um período favorável para quem busca um novo amor.
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