Apenas com pressão no Congresso e plebiscito popular, isso é ousado, afirma deputada sobre as pautas dos trabalhadores

A iniciativa reúne milhões de votos em favor da ampliação do piso salarial para 6 vezes o mínimo, da taxação de grandes fortunas e da isenção do Imposto…

12/08/2025 20:49

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Apenas com pressão no Congresso e plebiscito popular, isso é ousado, afirma deputada sobre as pautas dos trabalhadores
(Imagem de reprodução da internet).

A bancada feminista do PSTO em São Paulo está percorrendo 30 cidades em 30 dias para divulgar o Plebiscito Popular, que reúne três propostas centrais: o fim da escala 6×1, a taxação das grandes fortunas e a isenção do imposto de renda para quem recebe até R$ 5 mil mensais.

A deputada estadual Paula Nunes, apoiada pela Bancada Feminista do Psol-SP, ressalta a relevância da mobilização social frente à oposição no Congresso em relação à tramitação do projeto de isenção do Imposto de Renda. “Isto só fortalece a necessidade de grande pressão, e que essa pressão é popular. É muito difícil para esses deputados da extrema direita terem a coragem de admitir que são contrários a esse projeto de isenção do Imposto de Renda”, analisa, em entrevista ao Conexão BdF, da Rádio Brasil de Fato.

Para a deputada, o debate central é sobre justiça fiscal. “Queremos que os mais ricos paguem mais. Queremos que, de fato, quem tem muito dinheiro, pague os impostos que são necessários para que os projetos sociais do estado de São Paulo, do Brasil, os projetos sociais de saúde, os projetos sociais de educação, sejam financiados por quem ganha muito dinheiro no nosso país e que, infelizmente, paga poucos impostos sobre essa renda.”

Paula Nunes acredita que a entrega dos votos obtidos no plebiscito ao governo federal e ao Congresso será uma maneira de pressionar pela aprovação das pautas. “Só tem uma forma de que isso dê certo e que essas pautas sejam aprovadas: obter milhões de votos, entregar esses milhões de votos para o governo federal, para o Congresso Nacional, mostrando que é isso que o povo brasileiro quer. É uma ousadia que só nós realmente podemos dar conta”.

A deputada reconhece a dificuldade do governo atual para aprovar medidas progressistas, mas ressalta o papel da bancada como apoio essencial para a classe trabalhadadora. “[O presidente] Lula governa com a faca no pescoço, com muita dificuldade, emparedado completamente pelo Congresso Nacional. […]. O nosso papel é servir como base de apoio para que o governo possa implementar pautas que são verdadeiramente necessárias para a classe trabalhadora”, aponta.

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Temos essa iniciativa ambiciosa de operar em 30 cidades em 30 dias. Trata-se da fase final do projeto do plebiscito popular. E esperamos alcançar a coleta de milhões de votos e apresentá-lo ao governo federal”, afirma Nunes. A data precisa para a entrega dos votos do Plebiscito Popular 2025 ainda não foi oficialmente divulgada.

A parlamentar ressalta que as questões do plebiscito são “muito importantes de diálogo com os trabalhadores” e representam “pautas concretas que é possível que o governo federal entregar até o fim deste mandato”. Nunes destaca que o plebiscito tem sido “um instrumento muito importante de diálogo com a população”, combatendo a sensação de impotência que a extrema direita tenta, segundo ela, disseminar sobre esses temas.

Ao comentar sobre a repercussão da campanha nas cidades visitadas, a deputada relata que em Assis, no interior de São Paulo, obtiveram aumento na coleta de votos em espaços culturais e com populações em situação de rua. “Rodamos quase 900 quilômetros no mesmo dia entre ida e volta. Lá havia uma urna, que estava no Sindicato dos Professores. Conseguimos instalar outra urna em um espaço cultural importante, o Galpão Cultural de Assis, que reúne diversos coletivos e movimentos sociais e pessoas que ainda não tinham votado”.

O programa Conexão BdF vai ao ar em duas edições, de segunda a sexta-feira: a primeira às 9h e a segunda às 17h, na Rádio Brasil de Fato, 98.9 FM na Grande São Paulo, com transmissão simultânea também pelo YouTube do Brasil de Fato.

Fonte por: Brasil de Fato

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