Ao lado de Lula, Gustavo Petro critica os EUA, Israel e chama Netanyahu de “amigo de Hitler”

O presidente da Colômbia classificou os ataques em Gaza como semelhantes aos campos de concentração nazistas, em meio a um aumento da tensão entre Washi…

09/09/2025 16:02

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AME7819. MANAOS (BRASIL), 09/09/2025.- Fotografía cedida por la Presidencia de Colombia que muestra al canciller de Brasil Mauro Vieira (i), al mandatario colombiano Gustavo Petro (c) y a su homólogo de Brasil Luiz Inacio Lula da Silva (d), participando durante la inauguración del Centro de Cooperación Policial Internacional de la Amazonía este martes, en Manaos (Brasil). Petro criticó el despliegue naval de Estados Unidos en El Caribe con la supuesta intención de combatir el narcotráfico y alertó de que su país no prestará su territorio para una posible invasión a Venezuela. EFE/ Presidencia de Colombia /SOLO USO EDITORIAL NO VENTAS/SOLO DISPONIBLE PARA ILUSTRAR LA NOTICIA QUE ACOMPAÑA (CRÉDITO OBLIGATORIO)
AME7819. MANAOS (BRASIL), 09/09/2025.- Fotografía cedida por la ...

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, proferiu críticas severas ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na terça-feira (9), durante evento em Manaus (AM) em conjunto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No discurso, Petro classificou Netanyahu como “amigo de Hitler” e associou os ataques de Israel contra Gaza aos campos de concentração nazistas. “Acabaram de bombardear a sede de negociações em Doha, no Catar. Isso foi feito pelo Netanyahu. Foi atacado um barco civil que levava alimentos para crianças, famílias da Palestina. Então, nós estamos diante de um genocídio tal como em Auschwitz. Idêntico”, afirmou o colombiano. “E temos um Hitler por trás disso, e há amigos desse Hitler. Qual é a diferença do que Netanyahu está fazendo hoje com o que Hitler fazia?”, completou.

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Mais cedo, o governo de Netanyahu negou a participação de outros países no ataque contra integrantes do Hamas no Catar. “A ação de hoje contra os principais líderes terroristas do Hamas foi totalmente independente”, disse em nota. “Israel a iniciou, Israel a conduziu e Israel assume total responsabilidade”, destacou o comunicado oficial.

Além disso, o governo de Trump condenou as ações de Israel, mas não se pronunciou diretamente sobre o conflito em Gaza. O presidente dos EUA falava em frente à Casa Branca, antes de embarcar para acompanhar a final do US Open, em Nova York.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reagiu prometendo defender a soberania nacional e apelou para que Trump aceite o diálogo a fim de evitar um conflito. O discurso foi feito após a administração norte-americana confirmar que forças americanas afundaram um barco no Caribe, atribuído ao grupo criminoso venezuelano Tren de Aragua, acusado de traficar drogas para os EUA. O ataque ceifou 11 vidas, mas a versão divulgada por Washington foi contestada pelo governo venezuelano.

Lula, Petro e a vice-presidente do Equador, Maria José Pinto, participam da inauguração do Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia. A iniciativa visa promover a colaboração entre os nove países amazônicos e os nove estados brasileiros que compõem a Amazônia Legal no combate ao crime.

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Petro reforçou que a América do Sul não pode se alinhar a governos que apoiem “genocidas”, sob o risco de também se tornar alvo. “Não podemos defender um governo que esteja ao lado dos genocidas, senão as bombas vão cair sobre nós”, afirmou.

O colombiano declarou não reconhecer o resultado das últimas eleições na Venezuela, mas enfatizou que isso não implica em ignorar o conflito interno do país. Para ele, a crise venezuelana deve ser resolvida por meios políticos, e não militares: “Não se resolve com mísseis como na Palestina”.

Fonte por: Jovem Pan

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