A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) divulgou, nesta quinta-feira (13), os primeiros editais de um programa de rodovias e ferrovias com foco em sustentabilidade. O objetivo é atrair investimentos de até R$ 21 bilhões para novas ações socioambientais, envolvendo as concessionárias atuais.

O programa, antecipadamente divulgado pela CNN em outubro, foi publicado em meio à COP30, que acontece em Belém.

Incentivos para Concessionárias

As empresas responsáveis pela operação de estradas federais poderão receber um “bônus” de 1% ou 2% em suas tarifas de pedágio, dependendo do período em que seus contratos foram firmados. Esse benefício é atrelado ao grau de adesão das concessionárias às ações propostas pela agência reguladora.

Ações Socioambientais Propostas

O programa da ANTT inclui um cardápio de 470 ações socioambientais, divididas em nove parâmetros. As ações abrangem desde a redução das emissões de gases-estufa até a preservação de mata nativa, passagens de fauna, sistemas de alerta de incêndio, iluminação inteligente e câmeras de monitoramento em 100% das rodovias.

Também estão previstas cobertura de telefonia 4G e pontos de paradas de descanso para caminhoneiros.

Leia também:

Ministério Defende Acatamento do TCU em Leilão de Santos: Terminais e Armadores em Dúvida

União Europeia acusa Google de usar conteúdo do YouTube para IA – Investigação antitruste em curso

Mercado de Trabalho Americano Estagnado: JOLTS Revela Dados Sem Mudanças

Níveis de Adesão e Benefícios

As concessionárias poderão escolher entre três níveis de adesão, dependendo do grau de ambição nos itens socioambientais incorporados aos seus contratos. No nível 1, elas atendem aos pré-requisitos para a emissão de debêntures incentivadas de infraestrutura, que incorporam critérios ESG.

No nível 2, garantem um bônus tarifário. Concessões feitas a partir de 2018 já incluíam parte das ações listadas pela ANTT. Quem aderir terá direito a um aumento de 1% nas tarifas de pedágio. No nível 3, existe a previsão de novo reequilíbrio econômico-financeiro dos contratos, com a possibilidade de ganhos tarifários ainda maiores no futuro.