Anistia intensifica disputas no Congresso: projeto sem consenso e conflitos entre Câmara e Senado
Projeto segue sem consenso mínimo e ainda enfrenta ambiente de disputas entre Câmara e Senado

Anistia a Condenados Golpistas Acentua Divergências Partidárias
A discussão sobre a possível anistia a indivíduos condenados pelo envolvimento na trama golpista tem intensificado os conflitos internos entre os partidos políticos, em um cenário já marcado por disputas internas no Congresso Nacional. A falta de uma data definida para a votação do projeto de anistia no plenário da Câmara dos Deputados agrava a situação, com o relator, Paulinho da Força, buscando um consenso entre as bancadas.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Divergências na Abordagem da Anistia
O Partido Liberal (PL) adota uma postura inflexível, exigindo uma anistia ampla, geral e irrestrita, enquanto o Partido dos Trabalhadores (PT) se opõe tanto à anistia quanto à revisão das penas para os responsáveis pelo golpe de Estado. O objetivo principal é evitar que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja beneficiado.
Centrão Busca Redução de Penas
Os partidos do centrão preferem uma eventual redução das penas, sem alterar a inelegibilidade de Bolsonaro. Essa posição visa equilibrar as demandas entre os diferentes grupos políticos, buscando um ponto de convergência sobre o tema.
Tensão entre Câmara e Senado
A atuação de Eduardo Bolsonaro (PL) em defesa da anistia ampla tem gerado desconforto, mesmo dentro da própria direita. A divergência entre a Câmara dos Deputados e o Senado, somada ao receio de aprovar um texto que possa ser rejeitado pelo Senado, como ocorreu com a PEC da Blindagem, intensifica a tensão no processo.
Desacordo sobre Projetos Específicos
O arquivamento da PEC pelo Senado, após sua aprovação pela Câmara, causou revolta entre os deputados, que sentiram que a Câmara ficou exposta a uma medida impopular. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), negou qualquer vinculação entre a votação da anistia e a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais, reafirmando que a votação da isenção do IR acontecerá na quarta-feira (1º de outubro).
Leia também:

Moraes desbloqueia redes de Carla Zambelli em caso de extradição da Itália

Gilmar critica gestão de Barroso, que condena Bolsonaro no STF

Motta declara não sentir ‘traição’ após rejeição da PEC da Blindagem
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE