Crise Energética em São Paulo: Aneel Cobra Explicações da Enel
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) intensificou a cobrança à Enel S. Paulo, buscando esclarecimentos sobre a demora no restabelecimento da energia elétrica após o forte temporal que afetou a região metropolitana e cidades do interior de São Paulo na última segunda-feira (22). A situação gerou grande preocupação, com mais de 20 mil consumidores ainda sem luz até quarta-feira (24), alguns enfrentando mais de 72 horas sem energia.
Resposta da Aneel e Críticas à Concessionária
Em ofício, a Aneel classificou o atendimento da concessionária como “lento e ineficaz”. A agência destacou que, no auge da crise, cerca de 400 mil unidades consumidoras ficaram sem energia, com apenas 31% das unidades restabelecidas nas primeiras horas após o incidente. A cobrança foi direcionada ao presidente da Enel S. Paulo, Guilherme Lencastre.
Reação Política e Pressão Governamental
A situação provocou forte reação política. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) criticou a atuação da empresa durante um encontro com prefeitos, afirmando: “É uma concessionária que presta um serviço muito ruim e não pode mais estar em São Paulo. Vamos lutar até o fim para varrer essa concessionária do nosso estado”.
Comparação com a CPFL e Punições
O prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), também já havia pressionado a empresa. A comparação com a CPFL, distribuidora que atua em outras regiões do estado, reforçou as críticas. A companhia apresentou uma resposta mais rápida diante dos impactos do temporal, que registrou ventos de até 100 km/h, evidenciando a necessidade de melhorias na resposta da Enel S. Paulo.