Debêntures incentivadas lideram crescimento de ativos nos primeiros 9 meses do ano.
Apesar da taxa Selic em 15%, o mercado de capitais demonstra uma forte preferência por investimentos em renda fixa, com destaque para as debêntures incentivadas. Dados da Associação Brasileira de Mercado de Capitais (Anbima) revelam um crescimento expressivo nesse segmento, atingindo um recorde histórico. Entre janeiro e setembro de 2024, o volume total de ofertas em títulos de renda fixa alcançou R$ 487,3 bilhões, enquanto as debêntures incentivadas captaram R$ 113,6 bilhões.
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O volume de captação via debêntures incentivadas cresceu 18,2% em relação ao mesmo período de 2023, atingindo R$ 96,1 bilhões. Esse crescimento se traduz em um aumento da representatividade desse tipo de título no mercado de debêntures, que passou de 30% para 36%, enquanto as debêntures corporativas recuaram de 70% para 64%. A captação de debêntures tradicionais também foi de R$ 317,6 bilhões no período.
Setores como distribuição e transmissão de energia se destacam como principais investidores, com R$ 41,4 bilhões captados em >
2025. Guilherme Maranhão, presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais da Anbima, ressalta que, além do setor energético, o transporte e a logística também ganham relevância como fontes de captação.
Apesar da incerteza em relação à Medida Provisória 1.303/2025, que tratava das debêntures incentivadas, o volume negociado no mercado secundário de debêntures incentivadas cresceu 23,9%, de R$ 205,1 bilhões em 2024 para R$ 254 bilhões em 2025. César Mindof, diretor da Anbima, acredita que a tendência de crescimento nas emissões e fundos dedicados a comprar deve continuar nos próximos anos, impulsionada pelo grande volume de investimentos em infraestrutura.
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Em contraste, a renda variável apresenta um cenário de mínima histórica. Apenas seis operações de follow-on totalizaram R$ 4,2 bilhões em 2025, com um histórico de follow-ons reduzido nos últimos cinco anos, incluindo valores de R$ 52,9 bilhões (2019), R$ 55,4 bilhões (2020), R$ 60,2 bilhões (2021), R$ 54,3 bilhões (2022) e R$ 29,3 bilhões (2023).
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