Ana Maria Gonçalves assume cadeira na ABL: marco histórico para a literatura brasileira

Ana Maria Gonçalves toma posse na ABL como 1ª mulher negra. Cerimônia no Petit Trianon, Rio de Janeiro. ABL celebra a chegada da escritora

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(Imagem de reprodução da internet).

Na sexta-feira, 7 de novembro de 2025, a escritora Ana Maria Gonçalves tomou posse na cadeira 33 da Academia Brasileira de Letras, marcando um momento histórico. Ela se tornou a primeira mulher negra a integrar a instituição. A cerimônia ocorreu no Petit Trianon, sede da ABL, no Centro do Rio de Janeiro.

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Sucessão e Recebimento

A posse representou a sucessão do acadêmico Evanildo Bechara, que havia deixado a cadeira em maio de 2025. Durante a cerimônia, Ana Maria foi recebida pela escritora Lilia Schwarcz. A entrega do colar da instituição foi realizada pelo cantor Gilberto Gil.

Comissão de Entrada e Saída

A comissão de entrada responsável pela avaliação da candidatura de Ana Maria foi composta por Rosiska Darcy de Oliveira, Fernanda Montenegro e Miriam Leitão. Já a comissão de saída incluiu Domício Proença Filho, Geraldo Carneiro e Eduardo Giannetti.

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Trajetória e Reconhecimento

Ana Maria Gonçalves nasceu em Ibiá, Minas Gerais, em 1970. Com 54 anos, ela é a acadêmica mais jovem entre os atuais membros da ABL. Seus familiares estiveram presentes na cerimônia. A escritora possui uma trajetória diversificada, tendo iniciado sua carreira na publicidade antes de se dedicar integralmente à literatura.

Seus livros incluem “Ao lado e à margem do que sentes por mim” e “Um defeito de cor”, que recebeu o prêmio Casa de Las Americas em 2007.

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Reflexões e Legado

Em seu discurso, Ana Maria Gonçalves refletiu sobre a importância da diversidade na ABL, mencionando a candidatura de Conceição Evaristo em 2018 como um catalisador para essa mudança. Ela também destacou o papel fundamental da família em sua vida e reconheceu a historicamente pequena representatividade da negritude dentro da instituição, citando a negitação da obra de Machado de Assis.

A nova acadêmica ressaltou a necessidade de reconstruir um imaginário mais inclusivo em relação ao papel da comunidade negra na literatura brasileira.

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