Ambipar e Controlada Protocolam Recuperação Judicial
A Ambipar Participações e Empreendimentos (AMBP3) e sua controlada Environmental ESG Participações apresentaram um pedido de recuperação judicial na madrugada desta terça-feira, 21, à 3ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. A decisão foi aprovada com urgência pelo conselho de administração da companhia no mesmo dia.
O pedido surge após a detecção de irregularidades em contratos de operações de swap conduzidos pela antiga diretoria financeira, conforme documentado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Essa situação levou à renúncia do então diretor financeiro e a pedidos de antecipação de pagamentos por parte dos credores, gerando preocupação com possíveis impactos em outras dívidas do grupo.
Proteção de Ativos nos EUA
Paralelamente ao processo no Brasil, a Ambipar também ajuizou, em 20 de outubro, um pedido de proteção de ativos nos Estados Unidos, sob o Capítulo 11, especificamente para a unidade Ambipar Emergency Response, registrada nas Ilhas Cayman. O processo foi aberto na United States Bankruptcy Court, no Texas, e não envolve outras empresas do grupo.
Objetivos da Recuperação Judicial
Segundo a companhia, a recuperação judicial visa assegurar a continuidade das operações, preservar empregos, contratos e serviços, além de garantir um tratamento justo aos credores. A proposta segue a Lei nº 11.101/2005, buscando uma reorganização “ordenada e transparente”.
Assembleia de Acionistas
O conselho da Ambipar também aprovou a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária para validar a decisão de ajuizamento e decidir sobre a instalação do conselho fiscal e a eleição de seus membros.
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Operações em Curso
Apesar da crise, a empresa afirma que suas operações estão normalmente em andamento, com a equipe “plenamente mobilizada” e os serviços operando nos diversos segmentos em que atua. A companhia disponibiliza documentos sobre o processo nos sites da Ambipar, da CVM e da B3.