Brasil registra queda de 41% no desmatamento em agosto, mas alerta para pressão contínua na Amazônia e necessidade de estratégia de longo prazo.
Dados divulgados pelo Imazon apontam para um agosto de 2025 com o menor desmatamento desde 2017. A redução de 41% em relação a 2024 indica que medidas de fiscalização, monitoramento por satélite e pressão do mercado estão começando a produzir resultados. No entanto, é prematuro celebrar, pois a Amazônia ainda perde diariamente uma área equivalente a 1.2 mil campos de futebol.
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Essa escala de destruição representa um risco significativo para a biodiversidade, pode enfraquecer os “rios voadores” que irrigam o Centro-Sul do Brasil e impactar a agricultura e o abastecimento de água em diversas regiões. A situação em municípios como Apuí e Lábrea, no Amazonas, não se limita à região amazônica, com repercussões em todo o país.
A leitura do cenário exige uma análise crítica: reduções percentuais não garantem estabilidade. Existe o risco de a sociedade aceitar uma “boa notícia” e perder de vista a urgência de políticas estruturais de longo prazo.
O controle da devastação depende de pressões conhecidas, como a expansão agropecuária, especulação fundiária e atividades ilegais, e será alcançado com a presença efetiva do Estado, o fortalecimento de comunidades locais e a valorização econômica da floresta em pé. O Brasil enfrenta uma escolha estratégica: consolidar a queda como política de Estado, investindo em bioeconomia, fiscalização permanente e inclusão social, ou permanecer refém de avanços pontuais que não alteram o quadro geral.
A Amazônia necessita de um futuro sustentável, que vá além da simples redução do desmatamento.
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