Apagão Global da Internet em 2025: Um Alerta para a Infraestrutura Digital

Na manhã de segunda-feira, 20 de outubro de 2025, o mundo digital enfrentou um evento sem precedentes: um “apagão da internet”. A Amazon Web Services (AWS), a espinha dorsal invisível de uma parte significativa da infraestrutura online global, sofreu uma falha crítica que derrubou serviços essenciais como Snapchat, Roblox, Fortnite, Alexa, Ring, Coinbase, Duolingo, Canva e até mesmo o próprio Amazon.com. A interrupção teve início por volta das 3h11 ET, na região US-EAST-1, em Virgínia do Norte, e afetou diretamente 141 serviços da AWS, incluindo DynamoDB e EC2, com recuperação total apenas às 18h01 ET do mesmo dia.

Impacto Global e Raízes da Falha

O impacto foi global e imediato: milhões de usuários ficaram sem acesso a plataformas de comunicação, entretenimento, compras e até serviços bancários. Especialistas em infraestrutura apontam que a falha teve origem em problemas de resolução de DNS (Sistema de Nomes de Domínio) e falhas na API do DynamoDB, que desencadearam uma reação em cadeia afetando outros serviços essenciais.

A dependência global da AWS, com mais de 200 centros de dados em 38 regiões ao redor do mundo, hospeda uma vasta gama de serviços que sustentam a operação de empresas de todos os portes e setores. A interrupção de seus serviços não afeta apenas a Amazon, mas reverbera por toda a economia digital global.

Riscos da Centralização e a Analogia com Recursos Essenciais

Especialistas alertam para os riscos dessa centralização. Patrick Burgess, do BCS, The Chartered Institute for IT, destaca que “o mundo agora funciona na nuvem”, e que a internet se tornou um serviço essencial, comparável a água ou eletricidade.

Com tantas operações críticas dependentes de um único provedor, falhas como a ocorrida em outubro de 2025 podem ter consequências devastadoras. A vulnerabilidade da internet moderna, com a dependência excessiva de poucos provedores de infraestrutura em nuvem, cria um ponto único de falha que pode afetar milhões de usuários simultaneamente.

Leia também:

Influenciadores Digitais: Debate Sobre Qualificação e Responsabilidade em Temas Críticos

Tecnologia “revive” mortos: nova fronteira digital do luto

Fake News: 20 Casos que Levaram à Morte chocam o mundo

Aglomerações e a Falta de Informações em Tempo Real

No Brasil, especialmente em São Paulo, observou-se um aumento nas aglomerações nas estações de metrô durante o período da falha da AWS. Embora não haja evidências diretas de que os painéis digitais do metrô utilizem serviços da AWS, é plausível que sistemas de informação ao passageiro, que frequentemente dependem de plataformas em nuvem, tenham sido afetados pela interrupção.

A falta de informações em tempo real pode ter levado os passageiros a tomar decisões baseadas em suposições, resultando em aglomerações e confusão.

A Hora de Repensar a Infraestrutura Digital

A falha da AWS em outubro de 2025 serve como um alerta sobre a vulnerabilidade da internet moderna. A dependência excessiva de poucos provedores de infraestrutura em nuvem cria um ponto único de falha que pode afetar milhões de usuários simultaneamente.

Desse modo, é imperativo que empresas e governos reconsiderem suas estratégias de infraestrutura digital, adotando abordagens mais resilientes e diversificadas, como internalizar servidores de softwares estratégicos para a empresa, garantir cópias de segurança dos dados que respeitem a estratégia “Backup 3, 2, 1” – 3 cópias do mesmo arquivo, armazenadas em 2 locais diferentes (1 na cloud e 1 em servidores locais), e 1 backup off-line, optar por provedores de serviços de nuvem que contem com datacenters nacionais, e preferir soluções em softwares que contem com funcionamento off-line e não apenas online.

Estruturar processos manuais para serem utilizado em futuras panes digitais; desde queda que internet, até a falência do provedor de cloud.

Conclusão: Resiliência e Diversificação na Era Digital

A busca por resiliência e diversificação na infraestrutura digital se torna crucial para mitigar riscos e garantir a continuidade dos serviços essenciais em tempos de crise. A adoção de estratégias que reduzam a dependência de um único provedor e promovam a redundância são medidas fundamentais para proteger a economia digital e a sociedade de eventos como o apagão da internet de 2025.