Ministro Moraes levanta dúvidas sobre entrada de Filipe Martins nos EUA. Investigação apura possível “milícia digital” e uso de dados falsos.
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, expressou dúvidas sobre a entrada de Filipe Martins, ex-assessor internacional do Partido Liberal (PL), nos Estados Unidos. A declaração foi feita durante o julgamento do núcleo 2 da tentativa de golpe de Estado, em 16 de dezembro de 2025.
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O ministro destacou a existência de documentos conflitantes: alguns indicando que Martins efetivamente entrou nos EUA, enquanto outros apontam para uma identificação equivocada.
A situação culminou na determinação de converter a prisão preventiva em medidas cautelares. Essa decisão foi motivada pela complexidade das informações e pela necessidade de investigar a veracidade dos dados apresentados. A investigação busca esclarecer se houve a utilização de informações falsas para justificar a prisão do ex-assessor.
Como parte das medidas cautelares, Filipe Martins foi submetido a um regime de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno, proibição de deixar a comarca, entrega de passaporte e cancelamento de documentos de porte de arma. A defesa de Martins apresentou evidências de que ele não deixou o Brasil em dezembro de 2022, incluindo comprovantes de viagem para o Paraná.
Em 10 de outubro, o Departamento de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos confirmou que Martins não entrou nos EUA na data indicada pela Polícia Federal. Essa informação levou o ministro Moraes a solicitar à Polícia Federal uma nova análise dos fatos, com prazo de cinco dias para resposta.
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O ministro Alexandre de Moraes questionou a decisão de desconsiderar informações anteriores, mesmo com a publicação da mesma em outros meios de comunicação, incluindo o Poder360. A investigação se aprofunda na possibilidade de que Martins tenha simulado uma entrada falsa no país norte-americano, com o objetivo de descredibilizar as provas das investigações do STF.
A Polícia Federal suspeita que a inserção de dados falsos no sistema de imigração pode ter sido uma estratégia de uma “organização criminosa” para atrapalhar as investigações. A entidade também aponta para a possível atuação de uma “milícia digital”, investigada pelo Supremo, que poderia ter abusado de prerrogativas diplomáticas.
O caso Filipe Martins envolve uma complexa teia de informações e suspeitas. A investigação busca determinar se houve a utilização de informações falsas para justificar a prisão do ex-assessor e se a situação se enquadra em uma possível atuação de uma “milícia digital”.
O ministro Alexandre de Moraes continua a conduzir as investigações, buscando a verdade dos fatos e a responsabilização dos envolvidos.
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