Defesa de Bolsonaro busca Moraes para fisioterapia diária e cirurgia urgente. Relatório aponta risco de agravamento do quadro de saúde do ex-presidente.
A defesa do réu protocolou pedido ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, buscando autorização para que um fisioterapeuta possa realizar acompanhamento diário com o ex-presidente durante sua pena na Superintendência da PF, em Brasília. O pedido é acompanhado de um relatório técnico que classifica o tratamento como essencial, e não eletivo, alertando para o risco de piora do estado de saúde em caso de interrupção.
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A defesa destaca o histórico do réu, marcado por complicações gastrointestinais, respiratórias e musculoesqueléticas, que demandam acompanhamento contínuo, incluindo fisioterapia respiratória e motora.
O laudo técnico ressalta que a interrupção do tratamento terapêutico pode aumentar o risco de broncoaspiração, infecções respiratórias e perda funcional. A defesa enfatiza a necessidade de garantir a continuidade dos cuidados para preservar a saúde e a integridade física do indivíduo.
A defesa solicitou ao ministro Moraes a consideração de uma cirurgia de urgência e a concessão de prisão domiciliar humanitária. O ex-presidente cumpre pena de 27 anos e 3 meses por tentativa de golpe de Estado desde 25 de novembro, estando atualmente na Superintendência da PF em Brasília desde 22 de novembro, conforme decisão do STF.
A defesa argumenta que a situação carcerária não pode impedir a continuidade de tratamentos considerados indispensáveis.
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Exames recentes indicam agravamento do quadro clínico, segundo a defesa. O réu apresenta hérnias nos dois lados da virilha, com risco de compressão ou estrangulamento de alças intestinais. Exames de imagem realizados no domingo (14.dez.2025) confirmaram a evolução do problema, exigindo intervenção cirúrgica imediata, conforme relatado na solicitação a Moraes.
O ministro Alexandre de Moraes já havia determinado a realização de perícia médica oficial para avaliar a necessidade de intervenção cirúrgica imediata. A perícia será conduzida pela Polícia Federal no prazo de até 15 dias. A defesa argumenta que a permanência do indivíduo no sistema prisional é incompatível com o quadro de saúde atual, e que a postergação do tratamento e da cirurgia expõe o ex-presidente a risco de agravamento súbito e internação emergencial.
A defesa solicita que tanto a autorização para a fisioterapia diária quanto os novos elementos médicos sejam considerados no julgamento do pedido de prisão domiciliar humanitária. Até a publicação desta reportagem, o ministro Alexandre de Moraes ainda não havia se manifestado sobre os novos pedidos.
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