O diretor-presidente interino da Eletronuclear, Alexandre Caporal, informou que a empresa possui recursos suficientes para cumprir compromissos por aproximadamente três meses. A declaração foi feita em entrevista ao g1, em 27 de dezembro de 2025.
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Estratégias para Ampliar a Liquidez
Caporal detalhou que a Eletronuclear está buscando renegociar empréstimos com instituições financeiras públicas, como o BNDES e a Caixa Econômica Federal. O objetivo é aumentar o tempo de disponibilidade de recursos e evitar a interrupção de pagamentos.
Medidas Temporárias e Projetos Estratégicos
A Empresa Nacional de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar) tem adotado medidas paliativas, como a postergação de prazos e a rolagem de instrumentos de dívida. Essas ações visam evitar um déficit financeiro no ano corrente e proporcionar estabilidade enquanto soluções de longo prazo são definidas.
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Impacto Potencial na Execução de Projetos
A Eletronuclear enfrenta desafios devido à restrição de acesso a crédito de longo prazo. Isso pode afetar a continuidade de projetos importantes, incluindo a extensão da vida útil das usinas nucleares existentes e o projeto da usina Angra 3, cuja definição de financiamento ainda está pendente.
Posição da Eletronuclear Sobre Angra 3
Em novembro de 2025, Caporal afirmou que a conclusão da usina Angra 3 é mais vantajosa do que abandoná-la, considerando o histórico de adiamentos no projeto.
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Sobre a Eletronuclear
A Eletronuclear é uma sociedade de economia mista brasileira responsável por projetar, construir e operar usinas nucleares para geração de energia elétrica no Brasil. A empresa atua sob autorização legal para gerir atividades nucleares em nome da União.
Criada em 1997 a partir da fusão da área nuclear de Furnas com a Nuclebrás Engenharia, a Eletronuclear tem sede no Rio de Janeiro. A empresa opera o Complexo Nuclear de Angra dos Reis (RJ), que inclui as usinas Angra 1 e Angra 2, com capacidade instalada conjunta de aproximadamente 2 GW (gigawatts) de eletricidade.
A geração nuclear é considerada um componente estável e de baixa emissão no sistema elétrico brasileiro, especialmente útil para garantir segurança energética em períodos de alta demanda ou baixa disponibilidade de fontes renováveis intermitentes.