Alemanha debate repatriação de sírios após fim da guerra civil. Chanceler defende retorno voluntário, mas alerta sobre deportações. Crise humanitária persiste no país
O chanceler da Alemanha, representante do partido CDU (centro-direita), defendeu na segunda-feira, 3 de novembro de 2025, que sírios não possuem mais motivos para solicitar asilo no país europeu, considerando o término da guerra civil na Síria. A informação foi divulgada por uma agência.
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O conflito chegou ao fim em dezembro de 2024, com a queda do regime de Bashar al-Assad e a ascensão do grupo HTS, liderado por Ahmed al-Sharaa.
Apesar do fim do conflito, o país enfrenta uma grave crise humanitária. A situação exige medidas concretas para lidar com o grande número de refugiados. O governo alemão busca soluções para o retorno voluntário de muitos refugiados, visando a reconstrução de seu país de origem.
O chanceler afirmou que, sem a participação dessas pessoas, a reconstrução do país não será possível. Reforçou que aqueles que se recusarem a retornar à Síria poderão ser deportados em um futuro próximo. O debate interno no governo alemão sobre como lidar com a situação é intenso.
O partido AfD (Alternativa para a Alemanha) tem ganhado força nas pesquisas para as eleições estaduais de 2026, com uma plataforma anti-imigração e argumentos sobre a incompatibilidade do Islã com a sociedade alemã. A migração é uma das principais preocupações dos cidadãos alemães.
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Estrategistas de diferentes partidos de direita discutem como conter o crescimento da AfD. Alguns defendem políticas de asilo mais rígidas, enquanto outros propõem confrontos diretos com a organização. O Escritório Federal de Proteção à Constituição da Alemanha já classificou a AfD como “extremista de direita”.
A Alemanha recebeu o maior contingente de refugiados sírios entre os países da União Europeia durante o conflito de 14 anos. Atualmente, cerca de 1 milhão de sírios vivem no país, resultado da política de portas abertas da ex-chanceler Angela Merkel, também da CDU.
Dados da ONU indicam que aproximadamente 70% da população na Síria ainda depende de ajuda humanitária. Em meados de 2025, apenas 1.000 sírios retornaram ao seu país com assistência federal alemã. Muitos sírios no país possuem apenas autorizações de residência temporárias.
O chefe da Chancelaria, Thorsten Frei, declarou que homens jovens muçulmanos sunitas não enfrentam “perigo ou risco de destituição” na Síria atualmente. O governo alemão convidou o presidente sírio Ahmed al-Sharaa para discutir a questão. O debate sobre o futuro dos refugiados sírios na Alemanha continua.
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