Ministra Alcolumbre desmente acusações de fisiologismo do governo em relação ao Senado. Debate sobre sabatina de Messias (STF) e votação no plenário.
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, em declaração publicada no X (antigo Twitter) no domingo (30 de novembro de 2025), expressou o “mais alto respeito e reconhecimento” pelo presidente do Senado, representando o União Brasil-AP.
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A fala busca desmentir acusações de que o governo do presidente tentaria manipular relações institucionais por meio de “fisiologismo” ou negociações envolvendo cargos e emendas. A mensagem surge em resposta a uma nota anterior do presidente do Senado.
O presidente do Senado, José Mendonça, havia questionado uma suposta “tentativa de setores do Executivo” de conferir caráter fisiológico a divergências entre os Poderes, alegando que isso criaria a falsa impressão de que conflitos institucionais se resolvem com a troca de cargos e emendas.
A declaração de Alcolumbre foi interpretada como uma crítica direta à condução da relação entre os poderes.
A ministra de Lula ressaltou que o critério de mútuo respeito institucional guiou a indicação de diversos nomes pelo Executivo e a apreciação do Senado Federal. Exemplificou com a aprovação de dois ministros do STF, o procurador-geral da República, diretores do Banco Central e agências reguladoras.
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Destacou que todos os processos ocorreram com transparência e lealdade, respeitando as prerrogativas do Executivo na indicação e as do Senado na apreciação.
O desentendimento ocorre em meio à sabatina de Messias, indicado por Lula para o STF, conduzida pelo ministro Luiz Roberto Barroso. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) agendou a análise para 10 de dezembro, mas o governo tenta adiar. A sabatina é a etapa inicial antes da votação no plenário do Senado.
Alcolumbre demonstra contrariedade à não indicação de (PSD-MG) para a vaga.
Messias enfrenta um desafio significativo: precisa de 14 votos favoráveis na comissão e, posteriormente, de 41 dos 81 votos no plenário. O cenário atual indica 7 senadores contra, 3 não responderam e 6 não quiseram antecipar sua posição. Entre os que não declararam apoio estão (MDB-AL) e (PSB-CE), que costumam votar com o governo, o que lhe daria 13 votos.
A votação é secreta, exigindo convencer pelo menos mais um senador. Caso avance, Messias enfrentará um desafio ainda maior no plenário.
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