Alckmin vê encontro Lula-Trump como chance de combater tarifaço

Vice-presidente defende comércio “ganha-ganha” com benefícios mútuos e regras transparentes antes de reunião.

27/09/2025 7:54

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Alckmin vê encontro Lula-Trump como chance de combater tarifaço
(Imagem de reprodução da internet).

Alckmin Defende Comércio “Ganha-Ganha” e Busca Solução para Tarifa Americana

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, defendeu que o comércio internacional deve ser baseado em um modelo de “ganha-ganha”, onde todos os participantes obtêm sucesso, e fundamentado em regras claras. A declaração foi feita em uma palestra na capital paulista, em meio à expectativa da reunião entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, agendada para a próxima semana.

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Primeiro Passo na Resolução do Tarifaço

Alckmin ressaltou que o encontro entre os dois presidentes, que ocorrerá na Assembleia Geral da ONU, representa um “primeiro passo” para a resolução do tarifaço imposto pelos Estados Unidos ao Brasil. “Quero saudar o encontro, embora rádio, mas o encontro entre os presidentes Lula e Trump [na assembleia geral da ONU], que deram, ao menos, um primeiro passo. Vamos tentar dar os passos subsequentes para a gente ir removendo esses problemas e podermos caminhar mais rapidamente para resolver a questão do tarifaço”, afirmou durante um evento na instituição de ensino Insper, em São Paulo.

Críticas à OMC e Defesa de Regras

O vice-presidente enfatizou que o comércio exterior bem-sucedido é um modelo de “ganha-ganha”, onde o comprador e o vendedor se beneficiam. “Comércio exterior bem feito é ganha-ganha. Ele é mais eficiente: eu compro dele, mais barato. Eu sou mais eficiente: eu vendo para ele. A sociedade ganha. Só que precisa ter regras, porque senão o grande vai matar o pequeno”, explicou. Alckmin também criticou a atuação limitada da Organização Mundial do Comércio (OMC), que tem como missão assegurar as regras do comércio internacional.

OMC e a Necessidade de Regras Globais

Alckmin destacou que, apesar das tarifas aplicadas pelos Estados Unidos, a OMC não consegue agir de forma eficaz, pois os Estados Unidos não designam seus representantes na segunda instância. “Temos que ter regras para o mundo todo, regras de comércio. Só que infelizmente não funciona. Por quê? Eu entro com uma representação [na OMC] e ganho na primeira instância. [A decisão] não vale enquanto não tiver decisão da segunda instância. Aí, na segunda instância, os Estados Unidos não designam os seus representantes. Ela [a OMC] não pode agir. Então, meio que a OMC ficou inócua”, disse.

Reunião com Trump e Defesa da Soberania

Em outra ocasião, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que pretende se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima semana. Ele elogiou o chefe de Estado brasileiro, chamando-o de “homem muito agradável”, com quem teve “uma química excelente” durante um breve encontro. Trump discursou na Assembleia Geral das Nações Unidas logo após o presidente Lula.

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