Relação Comercial Brasil-EUA: Alckmin Defende Exclusão de Tarifas
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, defendeu que a relação comercial entre Brasil e Estados Unidos é positiva para a economia americana, apesar da perda de espaço do país nos mercados de exportação brasileiros.
Alckmin fez a declaração em um evento do Insper, em São Paulo, nesta sexta-feira (26). O ministro criticou o tarifaço imposto por Donald Trump, argumentando que o Brasil é uma solução, e não um problema, para os Estados Unidos.
Tarifas e Impacto no Comércio
Segundo Alckmin, a descentralização dos Estados Unidos como destino de exportações brasileiras é notável. A fatia do mercado americano que recebe produtos brasileiros caiu de um quarto para apenas 12% do total. O ministro atribui essa mudança ao cenário econômico americano, que enfrenta um déficit histórico com o mercado exterior.
Ele ressaltou que a tarifa de 50% aplicada apenas ao Brasil prejudica a competitividade, especialmente em setores como carne, frutas, peixes e maquinário. A administração considera que o tarifaço é um obstáculo ao bom comércio entre os países.
Estratégias do Governo Brasileiro
Para mitigar o impacto do tarifaço, o governo brasileiro está implementando diversas medidas. Uma delas é o crédito via BNDES para auxiliar empresas na busca por novos mercados. Além disso, há a postergação de tributos e as compras governamentais de produtos mais afetados.
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Alckmin também mencionou o “rápido” encontro entre os presidentes Lula e Trump, que representa o primeiro passo para resolver o problema. O objetivo é dar passos subsequentes para solucionar os problemas rapidamente.
Diversificação e Mercado Interno
O ministro enfatizou a importância de fortalecer o mercado interno para absorver parte dos produtos tarifados, principalmente o maquinário. Além disso, a estratégia do governo brasileiro inclui a diversificação do mercado externo, com foco em países populosos.
Alckmin destacou que empresas americanas já entraram na Justiça contra o tarifaço, e a decisão final caberá à Suprema Corte. Enquanto o processo tramita, a estratégia é “correr para resolver a questão e tentar ganhar mercado”.