Secretário Uallace Moreira detalha informações após reunião entre vice-presidente, Anfavea e Abipeças.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Alckmin, buscou o embaixador chinês no Brasil e o embaixador brasileiro na China para excetuar o País na crise geopolítica de semicondutores. A informação foi divulgada pelo secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do Mdic, Uallace Moreira, após uma reunião com representantes da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e da Associação Brasileira da Indústria de Autopeças (Abipeças) para discutir o tema.
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A nova ameaça ao abastecimento de componentes eletrônicos, já responsável por interromper a produção de montadoras durante a pandemia, está relacionada a restrições de fornecimento impostas pela Nexperia, fabricante de semicondutores de origem chinesa.
O controle da empresa foi assumido pelo governo holandês no final do mês passado.
Grande parte dos chips produzidos pela Nexperia é embalada na China, que, em decorrência de uma disputa sobre propriedade intelectual com a Holanda, proibiu as exportações dos semicondutores.
O secretário do Mdic ressaltou que a crise é de natureza geopolítica internacional, com potencial impacto na oferta de semicondutores para o setor automotivo. A Nexperia detém 40% do market share mundial desse tipo de chip, destinado a carros flex.
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O setor produtivo busca um diálogo com o governo chinês para deixar claro que o Brasil está fora desse conflito e, portanto, não deve sofrer as consequências do embargo.
O setor automotivo, que representa 20% da indústria de transformação, tem a paralisação de sua produção impactar diretamente 130 mil empregos e 1,3 milhão de empregos diretos e indiretos.
O governo brasileiro se compromete a garantir a compra do chip para atender ao mercado interno, sem intenção de exportar para outros mercados. A rastreabilidade da compra é um ponto de fácil implementação.
A Anfavea tem alertado sobre uma iminente crise de fornecimento de chips, com efeitos sentidos nas próximas duas a três semanas, afetando segmentos como veículos leves, pesados e máquinas.
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