Alberto Fraga e Henrique Vieira discutem futuro da PEC da Segurança no Congresso

Alberto Fraga critica texto como “ilusório”, enquanto Henrique Vieira defende proposta como avanço essencial para integração das forças de segurança no Brasil.

03/10/2025 23:39

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Alberto Fraga e Henrique Vieira discutem futuro da PEC da Segurança no Congresso
(Imagem de reprodução da internet).

Debate na CNN Arena Revela Divergências sobre a PEC da Segurança Pública

O debate sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, realizado no CNN Arena nesta sexta-feira (3), evidenciou discordâncias significativas entre parlamentares em relação à sua eficácia e possibilidade de aprovação até o final do ano. Os deputados federais Alberto Fraga (PL-DF) e Henrique Vieira (PSOL-RJ apresentaram opiniões distintas sobre o texto em análise na Câmara dos Deputados.

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Alberto Fraga considerou o projeto original enviado pelo governo como “ilusório”, argumentando que não contempla medidas concretas para o combate ao crime organizado. Fraga defendeu a criação de um fundo nacional, o estabelecimento de um piso salarial e a constitucionalização de dotações orçamentárias para a área de segurança.

Henrique Vieira, por outro lado, defendeu a proposta como um avanço necessário, enfatizando a importância da integração nacional no combate ao crime organizado. Vieira ressaltou que o crime organizado se tornou cada vez mais nacionalizado, com infiltrações em estruturas governamentais e políticas, e defendeu uma visão mais abrangente e integrada para lidar com o problema.

Um ponto de tensão no debate reside na resistência dos governadores dos estados do Sul e Sudeste à proposta. Houve, contudo, apoio dos gestores do Nordeste. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) modificou o texto para garantir a manutenção das competências estaduais, removendo possibilidades de intervenção federal que pudessem comprometer o pacto federativo, conforme destacou Fraga. Ambos os parlamentares concordaram com a importância de preservar as competências dos estados.

Alberto Fraga insistiu na necessidade de reformas mais amplas, especialmente no sistema prisional, argumentando que sem alterações na Lei de Execuções Penais e no Código de Processo Penal, os problemas de segurança persistiriam. Henrique Vieira ressaltou que o combate efetivo ao crime organizado exige medidas que vão além do texto atual, incluindo ações de inteligência e a restrição da rentabilidade das organizações criminosas.

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