Airbus emite alerta para A320 após incidente em voo a Cancún. Radiação solar pode comprometer sistemas de controle de voo. Atualização imediata de software e módulos de proteção são recomendados
A Airbus divulgou um alerta de segurança na sexta-feira, 28 de novembro de 2025, direcionado aos operadores da família A320. A medida foi motivada pela identificação de que níveis elevados de radiação solar podem comprometer dados utilizados pelos sistemas de controle de voo, representando uma vulnerabilidade classificada como sensível e exigindo ação imediata das companhias aéreas.
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Um evento recente nos Estados Unidos acendeu o alerta para a fabricante. A investigação conduzida pela Airbus revelou que o fenômeno pode afetar uma parcela significativa de aeronaves em operação, levando à emissão de recomendações urgentes e coordenação direta com autoridades de aviação civil.
A Airbus informou que a medida envolve uma atualização imediata de software responsável pelo gerenciamento dos profundores e dos ailerons, componentes essenciais para o controle de altitude e inclinação da aeronave. Em alguns casos, pode ser necessária a instalação de módulos adicionais de proteção contra radiação.
A atualização impactará aproximadamente 6.000 aeronaves, representando mais da metade da frota global da família A320. Em dois terços dos aviões afetados, será possível reverter temporariamente para uma versão anterior do software, o que deve reduzir o tempo de paralisação.
No entanto, dezenas de aeronaves podem ficar fora de operação por semanas caso seja necessária a substituição de hardware.
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A Airbus reconheceu que a medida deve provocar atrasos e reacomodações de passageiros, sobretudo por causa da proximidade do período de alta demanda no fim do ano. A empresa afirmou que dará suporte técnico direto aos operadores para tentar minimizar os impactos na malha aérea.
No Brasil, a família A320 é utilizada por Azul e Latam. Azul afirmou que “nenhuma de suas aeronaves do modelo em questão está inclusa no programa de recall anunciado pela Airbus”. A Latam ainda não se manifestou.
O caso que desencadeou a revisão global envolveu um voo da Airbus em 30 de outubro, na rota Cancún–Newark. O modelo da Airbus perdeu altitude de forma repentina e não comandada, o que levou a tripulação a desviar para Tampa, na Flórida. Passageiros ficaram feridos e foram encaminhados a hospitais.
A investigação preliminar apontou que a radiação solar intensa teria corrompido dados usados pelos sistemas de controle de voo, afetando a resposta automática da aeronave.
A família A320 é a mais popular da Airbus e soma cerca de 11.300 aeronaves em operação no mundo, sendo 6.440 do modelo PADRÃO. A empresa ressalta que o problema não compromete a segurança estrutural das aeronaves, mas exige intervenção rápida para evitar falhas na lógica de proteção do sistema de controle.
A recomendação global reforça o rigor regulatório que envolve a aviação comercial: qualquer comprometimento de dados críticos aciona protocolos imediatos definidos por fabricantes e autoridades para preservar a continuidade e a segurança das operações.
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