A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) enviou, em novembro de 2024, uma equipe de especialistas à usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia. O objetivo da missão é realizar uma avaliação completa da segurança do Novo Confinamento Seguro, estrutura construída para isolar o reator 4, destruído no desastre de 1986.

A avaliação ocorre após a identificação de uma perda na capacidade de contenção da estrutura, decorrente de um evento ocorrido em 14 de fevereiro de 2025.

Necessidade de Reforço Técnico

A AIEA enviou o reforço técnico a pedido da Inspeção Estatal de Regulação Nuclear da Ucrânia. A equipe avaliará as medidas de mitigação adotadas e discutirá com as autoridades ucranianas o plano de restauração do domo, além dos riscos de segurança nuclear associados.

A restauração é considerada essencial para evitar maior degradação da estrutura.

Danos Estruturais e Monitoramento

Inspeções preliminares indicaram danos estruturais “significativos” no domo, reduzindo sua capacidade de impedir a dispersão de radiação. Apesar da ocorrência de atividade militar diária nas proximidades, com explosões e tiros registrados até 20 vezes por dia, a equipe da AIEA continua realizando inspeções regulares, incluindo monitoramento da água de resfriamento e testes de geradores de emergência.

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Situação em Outras Usinas Nucleares na Ucrânia

A AIEA também informou que, além de Chernobyl, as três usinas nucleares em operação na Ucrânia – Khmelnytskyi, Rivne e Ucrânia do Sul – retomaram a produção de eletricidade com capacidade próxima à máxima após os danos causados por ataques à rede elétrica. Apenas uma unidade opera com potência reduzida, e todas as linhas de transmissão de alta tensão foram restabelecidas.

Avaliação de Infraestrutura Elétrica

A agência planeja realizar uma 6ª missão de avaliação de infraestrutura elétrica, que incluirá visitas a subestações críticas para a segurança nuclear.

Situação na Usina de Zaporizhzhya

Na usina nuclear de Zaporizhzhya, a maior da Europa e atualmente ocupada pela Rússia, a equipe da AIEA continua monitorando a situação, incluindo inspeções em salas de turbinas, áreas de armazenamento de resíduos radioativos e testes de geradores de emergência.