Agricultores Franceses Protestam em Le Touquet Contra Acordos Comerciais
Dezenas de agricultores franceses realizaram um protesto nesta sexta-feira (19) na cidade litorânea de Le Touquet, no norte da França. Os manifestantes se concentraram em frente à casa de praia do presidente, onde lançaram esterco e outros materiais, demonstrando sua insatisfação com a política agrícola vigente.
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O protesto surge em meio a uma série de mobilizações que duram cerca de dois anos, segundo relatos de produtores rurais. A insatisfação se concentra em questões como a assinatura do tratado de livre comércio e a reforma da Política Agrícola Comum (PAC).
Objetos Abandonados no Local do Protesto
Entre os objetos deixados em frente à residência, protegida por forças de segurança, estavam pneus, repolhos, galhos e um caixão com a inscrição “Não ao Mercosul”. A propriedade pertence ao presidente francês e à primeira-dama, Brigitte Macron.
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Reclamações dos Produtores Rurais
Segundo Benoît Hédin, do sindicato agrícola FDSEA, o protesto tem um caráter simbólico, visando a “política europeia atual”. Hédin mencionou o acordo com o Mercosul e a reforma da PAC como exemplos de medidas consideradas retrocessos pela comunidade agrícola.
Marc Delaporte, outro produtor rural, destacou a duração dos protestos, que se estendem por aproximadamente dois anos sem avanços significativos. Ele ressaltou que produtos importados, como carne, arroz, mel e soja, entram no mercado europeu sem as mesmas regulamentações, gerando concorrência desleal com a produção local.
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Reação do FNSEA e o Futuro do Acordo
O principal sindicato agrícola francês, FNSEA, classificou o adiamento da assinatura do acordo como insuficiente e anunciou a manutenção da mobilização. A expectativa é que a pressão contínua influencie as negociações.
A Comissão Europeia formalizou o acordo comercial com Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai em dezembro de 2024, durante uma cúpula do Mercosul no Brasil, um evento que foi posteriormente adiado sob pressão da França, com apoio da Itália.
