Agência Federal de Investigação informa ter localizado fuzil empregado no assassinato de Charlie Kirk

O FBI informou que ainda não identificou o assassino do ativista de direita americano Charlie Kirk, mas recuperou a arma utilizada e possui imagens do suspeito. “Recuperamos o que acreditamos ser a arma utilizada no ataque de ontem. É um rifle de alta potência”, disse o agente do FBI Robert Bohls em uma entrevista coletiva, antes de acrescentar: “Temos imagens do suspeito”.

Polícia de Utah intensifica buscas por suspeito de homicídio.

Uma vasta operação policial no estado de Utah procura o responsável pelo assassinato de um ativista, próximo ao ex-presidente Donald Trump, em um ataque que chocou os Estados Unidos. “Foi um dia sombrio para os Estados Unidos”, reagiu Trump horas após o incidente, condenado por líderes republicanos e democratas.

O presidente americano, alvo de um atentado há pouco mais de um ano, acusou a retórica da “esquerda radical” de ter contribuído para o assassinato de Kirk, de 31 anos, que ele descreveu como um “mártir da verdade”. “Durante anos, aqueles na esquerda radical compararam americanos notáveis como Charlie a nazistas e aos piores assassinos em massa e criminosos do mundo”, afirmou Trump horas após o ataque em um vídeo publicado em sua plataforma Truth Social.

“Esse tipo de retórica é diretamente responsável pelo terrorismo que estamos vendo em nosso país hoje e deve parar imediatamente”, acrescentou. Kirk, com 31 anos e pai de dois filhos, era muito conhecido no cenário político dos Estados Unidos após fundar uma organização, Turning Point, que afirma ter mais de 850 escritórios em todo o país.

Kirk era um ativista dedicado, defensor de princípios conservadores e cristãos, que participava frequentemente de discussões em universidades, instalando uma tenda para interagir com os estudantes. Os debates eram, por vezes, intensos, porém mantidos com respeito, ainda que ele também fosse notório por suas afirmações controversas nas mídias sociais e em programas de televisão.

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O vice-presidente JD Vance, que originalmente pretendia viajar para Nova York para comemorar os ataques de 11 de setembro de 2001, expressaria suas condolências à família em Utah.

A legislação de Utah permite a pena de morte para crimes graves, incluindo homicídio qualificado e traição. O estado possui uma sentença de morte para crimes.

A polícia local e o FBI estão envolvidos na extensa operação em Orem, a cidade onde o ataque aconteceu. “Vou me restringir a lembrar que no estado de Utah ainda existe a pena de morte”, alertou o governador republicano Spencer Cox. O FBI anunciou, em coletiva de imprensa, que localizou o rifle de alta potência utilizado e imagens de boa qualidade do agressor, que não serão divulgadas neste momento.

Trump declarou que seu governo “identificará todos que contribuíram para essa atrocidade e outros casos de violência política, incluindo as organizações que a financiaram e apoiaram”. O presidente americano anunciou nesta quinta-feira que concederá, de forma póstuma, a mais alta honraria civil dos EUA a Kirk.

Declarou Trump, durante uma cerimônia no Pentágono em homenagem aos ataques de 11 de setembro de 2001, que concederá postumamente a Charlie Kirk a Medalha Presidencial da Liberdade.

O ativista auxiliou Trump a ampliar sua base de apoio entre os eleitores mais jovens, um dos elementos-chave no retorno do republicano à Casa Branca. Kirk recebeu um tiro no pescoço ao responder a uma questão sobre assassinatos em série para uma multidão de estudantes. O incidente foi filmado em diversos vídeos que se espalharam rapidamente nas redes sociais. Nas filmagens, ele é visto caindo da cadeira em meio ao pânico do público.

Beau Mason, do Departamento de Segurança Pública de Utah, declarou que o disparo provavelmente ocorreu de um telhado e que as câmeras de segurança capturaram um suspeito “vestindo roupas escuras”. A pessoa saiu rapidamente do local, conforme as imagens. Alunos da universidade descreveram o ataque como “aterrorizante”.

“Isso me causa a sensação de que preciso ter muita cautela ao manifestar minhas opiniões políticas”, declarou Samuel Kimball, estudante de Engenharia da Computação, à AFP.

Bandeiras hasteadas em locais públicos.

Trump ordenou que as bandeiras fossem hasteadas a meio-mastro nos edifícios federais até domingo, uma demonstração da importância que este ativista tinha para o presidente de 79 anos. O anúncio de sua morte a tiros chocou a classe política nos Estados Unidos. As principais figuras da esquerda condenaram o ataque. “Não há lugar em nosso país para esse tipo de violência. Isso precisa parar agora”, escreveu no X o ex-presidente democrata Joe Biden.

O governador da Califórnia, Gavin Newsom, que discutiu com Kirk em seu programa de entrevistas, classificou o ataque como “repugnante, vil e censurável”, e a ex-vice-presidente Kamala Harris condenou a “violência política”. O assassinato de Kirk ocorreu três meses após um homem matar a tiros, em Minnesota, uma parlamentar democrata da Câmara Estadual e seu marido.

Fonte por: Jovem Pan