Adriano Lima discorre sobre a nova mentalidade no mercado de trabalho, com foco no protagonismo do profissional. Evento do Career Summit em São Paulo debate futuro do trabalho
O mercado de trabalho brasileiro está passando por uma das maiores transformações das últimas décadas, impulsionada principalmente por uma mudança de mentalidade. A nova perspectiva é que o profissional é o dono da sua carreira, e não do emprego.
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Essa ideia foi apresentada pelo executivo e especialista em liderança, Adriano Lima, no 2º Career Summit, realizado em 24 de novembro na sede da EXAME, em São Paulo.
O ex-CHRO de empresas como Minerva Foods, Mastercard e Itaú, reuniu líderes de diversos setores para discutir o futuro do trabalho e o papel do profissional na construção de trajetórias de sucesso e relevantes. Segundo Lima, “Carreira não é só qualificação técnica. É visão, posicionamento, reputação e, principalmente, execução”.
A ênfase reside na capacidade do indivíduo de moldar seu próprio caminho profissional.
Dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) indicam que 78% das empresas brasileiras enfrentam dificuldades em encontrar profissionais com as habilidades necessárias para o futuro. A McKinsey projeta que 40% das profissões sofrerão mudanças significativas nos próximos anos.
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O Fórum Econômico Mundial destaca que habilidades humanas, como liderança, comunicação e tomada de decisão, serão cruciais até 2030.
O Career Summit abordou a carreira de forma abrangente, considerando aspectos emocionais, mentais, físicos, sociais, espirituais, financeiros e familiares. Essa abordagem reflete a crescente conexão entre o crescimento profissional e o bem-estar, além da capacidade de adaptação.
O evento contou com a presença de líderes renomados do ecossistema corporativo e de inovação, como Sofia Esteves, Fátima Pissarra, Arthur Freitas, Felipe Azevedo, Mariana Dias, Cristina Palmaka e Ricardo Guerra. As discussões abordaram temas como empregabilidade, marca pessoal, cultura organizacional, tecnologia, liderança e o desenvolvimento de competências humanas em um contexto de transição acelerada.
Para Lima, o profissional do futuro deve assumir o controle da sua carreira, investindo em aprendizado contínuo, adaptabilidade e autogestão. “Tem gente que confunde crachá com identidade. Mas o emprego é um contrato temporário; a carreira é um compromisso permanente”, afirmou.
Em um cenário com média de permanência em cargo de 3,8 anos (LinkedIn, 2024), o principal risco não é a demissão, mas a falta de evolução profissional durante o período de emprego.
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