Ações da Oracle caem 11% com dúvidas sobre investimentos em IA e crescimento da receita. Analistas alertam para possível bolha de IA
As ações da Oracle apresentaram uma queda de quase 11% nas negociações pré-mercado desta quinta-feira (11). Essa desvalorização se deve a previsões de resultados mais pessimistas e ao aumento das despesas de capital, gerando dúvidas sobre o tempo necessário para que os investimentos maciços em inteligência artificial (IA) gerem retorno.
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A empresa elevou a projeção de gastos de capital para o ano fiscal de 2026, agora estimada em US$ 15 bilhões a mais do que os US$ 35 bilhões inicialmente previstos em setembro.
Apesar do desempenho positivo de quase 34% no acumulado deste ano, impulsionado por acordos significativos com a OpenAI e outras empresas, além dos planos de construção de data centers de IA, os investidores demonstraram cautela. A análise de relatórios de grandes empresas de computação em nuvem busca identificar sinais de uma possível bolha de IA, caracterizada por gastos excessivos, avaliações elevadas, ganhos de produtividade limitados e investimentos complexos e circulares.
Analistas da Morningstar expressaram “sentimentos contraditórios” em relação à escala dos investimentos em data centers da Oracle. A incerteza sobre o futuro da demanda por computação, especialmente se o entusiasmo pela IA diminuir a longo prazo e a OpenAI reduzir sua demanda, pode dificultar a atração de cargas de trabalho para substituir o treinamento e a inferência de modelos de IA.
A métrica de contratos futuros da Oracle, acompanhada de perto para futuras oportunidades em nuvem, também ficou abaixo das expectativas de Wall Street.
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Em resposta a perguntas sobre o financiamento dos novos data centers, o CEO da Oracle, Clay Magouyrk, mencionou a possibilidade de clientes utilizarem seus próprios chips, evitando que a empresa incorresse em investimentos iniciais. A empresa projetou um crescimento da receita no terceiro trimestre entre 16% e 18%, abaixo da estimativa de 19,4%, que era de US$ 16,87 bilhões.
A paciência dos investidores é vista como crucial, pois o boom da IA não trará resultados imediatos, e os gastos no curto prazo são necessários, mas podem pressionar as margens de lucro.
Dados da LSEG indicam que as ações da Oracle são negociadas com uma relação preço/lucro futura de 29,56, em comparação com 27,24 para a Microsoft e 29,06 para a Amazon. Acompanhar a relação preço/lucro é uma prática comum entre analistas para avaliar o valor das empresas.
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