Presidente da Abiquim afirma que custo do gás no Brasil é superior ao de países em guerra, ameaçando competitividade.
O presidente-executivo da Abiquim, André Passos Cordeiro, destacou a necessidade urgente de diminuir os custos de produção na indústria química brasileira. A declaração foi feita durante o seminário “Indústria química como pilar econômico da soberania nacional”, enfatizando que a desoneração de insumos, especialmente o acesso facilitado ao gás natural como combustível industrial, são cruciais para evitar o limite atual do processo de fabricação de produtos químicos no país.
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O elevado custo do gás natural no Brasil é resultado de uma combinação de fatores, incluindo a falta de infraestrutura de transporte e distribuição, a alta carga tributária sobre o insumo e a baixa oferta interna em comparação com a demanda. A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) tem implementado processos regulatórios que impactam diretamente esses custos.
As Consultas e Audiências Públicas nº 5 e 8 de 2025, respectivamente, visam regulamentar as tarifas de transporte de gás natural e a valoração da Base Regulatória de Ativos para empresas como GOM, NTS, TAG, TBG e TSB, buscando tarifas mais equilibradas.
A indústria nacional opera com uma capacidade ociosa recorde de 36%. Para a viabilidade econômica das fábricas, o número ideal seria de 20%, segundo Passos. Ele ressaltou que o preço do gás natural no Brasil se iguala e, em alguns casos, ultrapassa o custo do recurso em nações em guerra.
“Viabilizar o gás natural na indústria química ainda é um grande desafio, para sairmos de um modelo de negócio que está em crise para um modelo de negócio mais semelhante ao norte-americano. O Brasil tem um gás muito caro. O mesmo custo do gás da Europa, um continente que está em guerra”, declarou.
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Segundo a Abiquim, o gás natural no Brasil custa US$13,1/MMBtu (British Thermal Unit), sendo 1 MMBTU equivalente a 26,8 metros cúbicos (m³). Em comparação, outros países apresentam preços significativamente menores:
O Poder360, com o apoio da Abiquim, realiza o seminário “Indústria química como pilar econômico da soberania nacional”. O objetivo é debater o papel da indústria química e sua relevância estratégica para o país, fornecendo insumos essenciais para diversos setores, apesar dos desafios da importação.
O seminário conta com a mediação do editor sênior do Poder360, Paulo Silva Pinto, e a participação de Carlos Zarattini, André Passos Cordeiro, Afonso Motta, Kiko Celeguim, Julio Lopes e Jorge Villanueva.
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