A vasta adesão ao modelo fiscal por parte de atores do mercado e da mídia principal sugere que a proposta careceu de ambição.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a reforma tributária é tecnicamente recomendável, mas politicamente possível. Uma análise da estratégia econômica do governo, em especial a fiscal, é fundamental para o entendimento dos rumos da economia e do projeto político escolhido. O ministro considera que o equilíbrio das contas é essencial para reduzir os juros e melhorar o ambiente de negócios. Menores gastos públicos, tecnicamente, não implicam maiores superávits nem precondição para a queda dos juros, que por sua vez teria impacto limitado sobre o crescimento. O ambiente de negócios está relacionado ao ritmo de expansão da demanda efetiva, e não com os resultados das contas públicas.
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A estratégia do governo, politicamente viável, é considerada ousada e, portanto, inviável. Para a continuidade do projeto eleito, é essencial uma ampla revisão da política fiscal.
Luciano Alencar Barros é professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pesquisador do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).
Este é um artigo de opinião e não necessariamente reflete a linha editorial do Brasil do Fato.
Fonte por: Brasil de Fato
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