A privação do sono pode aumentar a pressão arterial, sobrecarregando o coração
A privação ou irregularidade no sono leva o corpo a aumentar a produção de hormônios relacionados ao estresse, tais como cortisol e adrenalina.

Dormir adequadamente não é apenas um período de repouso. Trata-se de um processo biológico essencial, que auxilia na regulação dos hormônios, na recuperação dos tecidos e oferece ao coração e aos vasos sanguíneos a oportunidade de “relaxar” e se recuperar. Quando o sono é inadequado ou insuficiente, essa pausa fundamental não acontece e o organismo entra em um ciclo contínuo de sobrecarga que pode resultar em hipertensão e complicações graves.
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O que é hipertensão arterial?
A hipertensão arterial, também chamada de pressão alta, acontece quando os níveis da pressão sanguínea permanecem elevados – acima de 140 por 90 mmHg – de maneira contínua. Isso implica que o coração necessita trabalhar com maior intensidade para impulsionar o sangue nas artérias, o que intensifica o enfraquecimento dos vasos sanguíneos e eleva o risco de doenças cardiovasculares.
O sono influencia a regulação da pressão arterial.
Na fase de sono profundo, observa-se uma diminuição natural da pressão arterial e da frequência cardíaca. Esse relaxamento dos vasos sanguíneos, denominado tônus vascular, age como um “modo de automanutenção” do organismo, fundamental para manter o equilíbrio da pressão arterial durante o dia.
A falta de sono adequado ou sua ocorrência irregular compromete esse mecanismo. O corpo então produz mais hormônios relacionados ao estresse, como cortisol e adrenalina, que estreitam os vasos sanguíneos, causando elevação da pressão arterial mesmo em repouso, tanto durante o dia quanto à noite. Portanto, noites mal dormidas repetidas podem contribuir significativamente para o desenvolvimento da hipertensão arterial, mantendo a pressão acima dos níveis considerados normais e aumentando o esforço do coração.
Distúrbios do sono que impactam o coração.
Distúrbios do sono podem elevar o risco de doenças cardiovasculares, tais como:
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Todos esses distúrbios, de maneiras diferentes, podem levar a uma ativação excessiva do sistema cardiovascular. A apneia do sono, por exemplo, além de se manifestar com ronco alto, provoca quedas e elevações repetidas de oxigênio, gerando estresse elevado para o coração e favorecendo arritmias cardíacas. Já a insônia e a privação de sono mantêm o organismo em estado de alerta constante, aumentando de forma persistente a pressão arterial e dificultando o controle mesmo com medicamentos tradicionais. São situações preocupantes no cenário de saúde dos dias atuais.
Insônia elevada o risco de infarto e acidente vascular cerebral.
A manutenção da pressão arterial elevada causa o desgaste progressivo das artérias, o que propicia a formação de placas de gordura, coágulos e até a ruptura de vasos. Consequentemente, pode ocorrer um infarto agudo do miocárdio ou um dos tipos de acidente vascular cerebral.
A má qualidade do sono está relacionada tanto aos tipos, elevando a probabilidade de formação de coágulos e também aumentando o risco de ruptura de vasos frágeis, sobretudo devido à pressão mal controlada.
Hábitos saudáveis para proteger o sono e o coração
A notícia positiva é que há medidas simples para otimizar o sono e, consequentemente, preservar o coração e o cérebro.
Dormir adequadamente não é luxo; é parte do tratamento e da prevenção da hipertensão, sendo uma necessidade vital. O sono é um dos pilares essenciais que sustentam a saúde do coração e dos vasos sanguíneos, diminuindo significativamente – embora não exclusivamente – o risco de infarto e AVC.
Clínica Médica 56.423 | Cardiologia 56.424 – Médico Cardiologista
Fonte por: Jovem Pan