A primeira-ministra em exercício do Nepal declara intenção de ceder o cargo em seis meses

Sushila Karki, a primeira mulher a exercer a função no país, tomou posse na sexta-feira (12).

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(Imagem de reprodução da internet).

A primeira-ministra interina do Nepal proferiu sua primeira fala pública após assumir o cargo na sexta-feira passada (12).

Shushila Karki declarou que permanecerá no cargo por apenas seis meses. As próximas eleições no país estão previstas para o dia 5 de março de 2026, e, após os resultados, ela renunciará ao cargo de líder do Nepal. “Eu não desejava esta função. Fui persuadida a aceitá-la devido à pressão popular”, afirmou.

Karki foi selecionada após reuniões entre o presidente, Ramchandra Paudel, o comandante do exército, Ashok Raj Sigdel, e representantes dos manifestantes que ocuparam as ruas desde segunda-feira (8).

As manifestações foram iniciadas com o bloqueio de redes digitais no país, evoluindo rapidamente para atos violentos, com ataques a parlamentares e destruição de residências. A resposta das forças policiais foi rigorosa. De acordo com dados oficiais apresentados durante o discurso da nova chefe de governo, 72 indivíduos perderam a vida nos confrontos.

“É necessário trabalhar em consonância com o pensamento da geração Z”, declarou Karki, mencionando que os manifestantes são indivíduos com menos de 30 anos. “O que o grupo está reivindicando é o combate à corrupção, a promoção de uma boa governança e a busca por justiça econômica”, complementou.

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Karki, a primeira mulher a exercer o cargo de primeira-ministra do país, já havia sido pioneira anteriormente: entre julho de 2016 e junho de 2017, atuou como presidenta da Suprema Corte nepalesa, um cargo que também fora ocupado exclusivamente por mulheres. Em sua gestão na Suprema Corte, ela enfrentou um pedido de impeachment, mas se aposentou antes que o processo progredisse.

Em dado momento, Karki revogou a nomeação feita pelo Executivo para a função de chefe nacional de polícia, o que resultou em uma coligação governamental a interpor uma ação judicial por abuso de poder judiciário.

Fonte por: Brasil de Fato

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