Na segunda-feira (8), agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público de São Paulo (MPSP), da Polícia Militar e da Polícia Civil cumpriram dez mandados de prisão preventiva e quatorze mandados de busca e apreensão na Operação Sharpe, desdobramento da Operação Salus et Dignitas, iniciada em 6 de agosto de 2024. O objetivo era desarticular ações do crime organizado na região do centro de São Paulo, conhecida como “Cracolândia”. A operação, conforme o MPSP, resultou na quase total eliminação das áreas de consumo de drogas na região, uma vez que o tráfico de substâncias ilícitas era apenas uma das vertentes de crimes em um ambiente que se tornou um “ecossistema” para a prática de ilícitos, com ordens centrais provenientes do Primeiro Comando da Capital (PCC) dentro da comunidade da “Favela do Moinho”.
Foram apreendidas três lideranças. O Ministério Público de São Paulo informou que o líder do tráfico na “Favela do Moinho”, Leonardo Moja, seguia emitindo ordens criminosas enquanto estava preso, por meio de sua irmã Alessandra Moja, que foi detida na operação. O objetivo seria intimidar funcionários do CDHU, impedindo que as famílias residentes aceitassem indenizações pelas suas moradias sob o falso pretexto de resistência da comunidade local.
A área onde ficava a Favela do Moinho será transformada em um parque público, e em maio, as gestões do governador Tarcísio de Freitas e do governo Lula anunciaram um acordo para a realocação das aproximadamente 900 famílias que ali residiam de forma irregular.
Fonte por: Jovem Pan