Apesar da pressão de parlamentares do PL por uma anistia abrangente, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, deve optar por um projeto mais limitado, apoiado por líderes de centro e pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre. A proposta reduziria as penas de indivíduos presos e condenados pela tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023, porém não os isentaria totalmente. A sugestão, segundo assessores de Motta, contemplaria Bolsonaro, devido à dificuldade de excluir individualmente os beneficiados.
O projeto de lei defende uma proposta abrangente, que também permitiria a candidatura novamente do ex-presidente Jair Bolsonaro. Diretores de partidos de centro e apoiadores de Hugo Motta preveem que a semana seguinte no Congresso será marcada por intensa movimentação política e pressão de parlamentares da oposição para que o projeto de anistia seja aprovado.
Segundo fontes próximas ao presidente, novas obstruções ao trabalho do plenário são esperadas, porém em menor escala do que a crise gerada durante a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro.
Para os aliados de Motta, a impossibilidade de realização das sessões não deve ocorrer, pois os deputados envolvidos no último episódio já estão sob investigação e sujeitos a punições pela Corregedoria da Câmara e pelo Conselho de Ética. Pelo menos 14 parlamentares são representados por obstruírem o presidente ao impedir o início da sessão, seja por meio de confronto verbal ou físico com Hugo Motta.
Sustenes Cavalcante, Nikolas Ferreira, Luciano Zucco, Caroline de Toni, Marco Feliciano, Domingos Sávio, Zé Trovão, Bia Kicis e Carlos Jordy, Paulo Bilinsky, Marcos Polon e Julia Zanatta, todos do PL, Allan Garces, do PP, e Marcel Van Hattem, do partido Novo.
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Fonte por: Jovem Pan