A diminuição do buraco na camada de ozônio demonstra a eficácia dos acordos ambientais
A ocorrência do buraco na camada de ozônio foi antecipada para 2025, contudo, a recuperação avança conforme o planejado. O Protocolo de Montreal demonst…

O enfraquecimento da camada de ozônio se manifestou de forma mais intensa sobre a Antártida neste ano. Inicialmente, pode parecer um retrocesso. Contudo, a ciência indica o oposto: trata-se de uma variação natural. A trajetória de recuperação permanece inalterada e transmite uma mensagem importante.
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Nas décadas de 1980, a comunidade científica identificou que substâncias como os CFCs em sprays, geladeiras e aparelhos de ar-condicionado, além de halons em extintores, estavam deteriorando o ozônio, a camada que protege o planeta da radiação ultravioleta. As consequências eram evidentes: aumento do câncer de pele, catarata, prejuízos às plantações e aos ecossistemas.
A resposta ocorreu em 1987, com o Protocolo de Montreal. O acordo eliminou gradualmente esses gases, substituídos por alternativas menos prejudiciais. O resultado é evidente: desde os anos 2000, a camada de ozônio apresenta sinais consistentes de recuperação.
Se as medidas forem mantidas, deverá retornar aos níveis da década de 1980 entre 2040 e 2060.
O surgimento do buraco antes de 2025 não altera essa situação. Revela apenas a variabilidade natural da atmosfera. A principal lição é que acordos ambientais bem estruturados são eficazes. Montreal serve como exemplo de como a ciência, a política e a cooperação global podem, em conjunto, reverter uma ameaça que parecia incontrolável.
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No momento em que o mundo se prepara para a COP30 e enfrenta dificuldades sobre clima, carbono e transição energética, a experiência com a camada de ozônio é um alerta: não faltam soluções, falta compromisso. Se em 1987 governos, empresas e sociedade agiram diante de uma ameaça real, por que em 2025 ainda hesitamos em lidar com a crise climática?
Fonte por: Jovem Pan