O advogado Celso Vilardi, que defende Jair Bolsonaro (PL), afirmou na terça-feira (9) que o ex-presidente respeitará a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), ainda que discorde dos posicionamentos dos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino. Moraes, relator do processo, e Dino se mostraram favoráveis à condenação de Bolsonaro.
A sessão foi interrompida e será retomada nesta quarta-feira (10), com o voto do ministro Luiz Fux sobre a denúncia apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República). “Respeitaremos sempre a decisão do Supremo, mas não concordamos. As questões preliminares foram muito pouco desenvolvidas. Discordamos do exame de mérito, mas aguardaremos o prosseguimento do julgamento”, declarou o defensor.
O advogado Matheus Milanez, defensor do general Augusto Heleno, manifestou frustração com o voto do ministro Flávio Dino. Ele sustentou que esperava a decisão do ministro pela absolvição do ex-ministro, com base na ausência de provas. A defesa de Heleno agora concentra suas expectativas nos votos de Luiz Fux e Cristiano Zanin. “O Zanin eu acho que é o que mais agora me deixa na dúvida, acho que o Zanin é um ponto de interrogação (…).
Em relação à ministra Cármen Lúcia, única integrante da Corte que não recebeu advogados durante a fase de instrução do processo, a expectativa das defesas é que ela acompanhe integralmente o voto de Alexandre de Moraes.
Julgamento
A Suprema Corte retomou na terça-feira o julgamento do esquema golpista. Ao longo da semana, os ministros do Supremo Tribunal Federal decidirão se condenam ou absolvem os réus. Estão previstas sessões nas terça, quarta, quinta e sexta para analisar a ação referente à tentativa de golpe após as eleições de 2022 vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. O julgamento foi iniciado em 2 de setembro. Na etapa anterior, foram apresentados o relatório do caso, a acusação da PGR (Procuradoria-Geral da República) e as alegações das defesas.
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Além de Bolsonaro, respondem ao processo Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin, a Agência Brasileira de Inteligência), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional), Mauro Cid (ex-ajudante de ordens), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil).
Fonte por: Jovem Pan