A defesa do ex-presidente Bolsonaro afirma que honrará a decisão do STF, mesmo discordando dos votos proferidos por Moraes e Dino

A sessão de julgamento será retomada na quarta-feira (10), com o parecer do ministro Luiz Fux sobre a denúncia da Procuradoria-Geral da República; em se…

09/09/2025 20:56

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DF - BOSLONARO/PF/BUSCAS/ARQUIVO - POLÍTICA - Foto de arquivo de 19/02/2025 do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro,   durante o 1º Seminário Nacional de Comunicação do Partido Liberal, realizado no   Centro de Convenções Ulisses Guimarães, em Brasília (DF). A Polícia Federal (PF)   cumpre mandados contra Jair Bolsonaro, em Brasília,  na manhã desta sexta-feira,   18 de julho de 2025. Por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes, o ex-   presidente também ficará submetido a "medidas restritivas", incluindo o uso de   tornozeleira eletrônica, segundo apurou o Estadão. Bolsonaro também está proibido   de acessar as redes sociais.   19/02/2025 - Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
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O advogado Celso Vilardi, que defende Jair Bolsonaro (PL), afirmou na terça-feira (9) que o ex-presidente respeitará a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), ainda que discorde dos posicionamentos dos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino. Moraes, relator do processo, e Dino se mostraram favoráveis à condenação de Bolsonaro.

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A sessão foi interrompida e será retomada nesta quarta-feira (10), com o voto do ministro Luiz Fux sobre a denúncia apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República). “Respeitaremos sempre a decisão do Supremo, mas não concordamos. As questões preliminares foram muito pouco desenvolvidas. Discordamos do exame de mérito, mas aguardaremos o prosseguimento do julgamento”, declarou o defensor.

O advogado Matheus Milanez, defensor do general Augusto Heleno, manifestou frustração com o voto do ministro Flávio Dino. Ele sustentou que esperava a decisão do ministro pela absolvição do ex-ministro, com base na ausência de provas. A defesa de Heleno agora concentra suas expectativas nos votos de Luiz Fux e Cristiano Zanin. “O Zanin eu acho que é o que mais agora me deixa na dúvida, acho que o Zanin é um ponto de interrogação (…).

Em relação à ministra Cármen Lúcia, única integrante da Corte que não recebeu advogados durante a fase de instrução do processo, a expectativa das defesas é que ela acompanhe integralmente o voto de Alexandre de Moraes.

Julgamento

A Suprema Corte retomou na terça-feira o julgamento do esquema golpista. Ao longo da semana, os ministros do Supremo Tribunal Federal decidirão se condenam ou absolvem os réus. Estão previstas sessões nas terça, quarta, quinta e sexta para analisar a ação referente à tentativa de golpe após as eleições de 2022 vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. O julgamento foi iniciado em 2 de setembro. Na etapa anterior, foram apresentados o relatório do caso, a acusação da PGR (Procuradoria-Geral da República) e as alegações das defesas.

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Além de Bolsonaro, respondem ao processo Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin, a Agência Brasileira de Inteligência), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional), Mauro Cid (ex-ajudante de ordens), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil).

Fonte por: Jovem Pan

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